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Notícias / Netflix

Retratado em documentário na Netflix, homem com '1.000 filhos' se manifesta

Retratado no documentário "O Homem com Mil Filhos", Jonathan Meijer alega inocência e rebate críticas após a repercussão

Gabriel Marin de Oliveira Publicado em 05/07/2024, às 19h51 - Atualizado em 08/07/2024, às 19h19

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Jonathan Meijer - Arquivo Pessoal
Jonathan Meijer - Arquivo Pessoal

O holandês Jonathan Meijer, envolvido em uma polêmica global sobre doação de sêmen, afirmou não ter feito "absolutamente nada de errado" ao fornecer material genético para famílias e clínicas de fertilidade em diversos países.

Um documentário da Netflix intitulado "O Homem com Mil Filhos" apresentou relatos angustiantes de mães que se sentiram "traídas" pelo holandês, afirmando que não foram informadas (ou foram enganadas) sobre o número de doações anteriores.

Na produção, Meijer é descrito como "narcisista" e um "risco à saúde pública", já que meios-irmãos poderiam engatar romances sem saber do parentesco.

As autoridades da Holanda o proibiram de doar sêmen em 2017, quando foi identificado como pai de 102 filhos no território. O jovem estima ter gerado entre 550 e 600 filhos, contudo, a Justiça acredita que o número de crianças geradas pode chegar a 1.000.

Mesmo após ser "banido" na Holanda, Meijer continuou a engravidar mulheres solteiras através de "doação natural" (relação sexual) e a doar sêmen em países como Austrália, Alemanha, México e Estados Unidos até 2023. Recentemente, ele se tornou alvo de uma mulher e de uma fundação que apontaram o risco de incesto entre tantos filhos.

Defesa

Em entrevista ao programa Woman's Hour da BBC Radio 4, Meijer se defendeu, afirmando ser vítima da situação. "Eu dou [sêmen] de graça, elas não precisam me pagar. Elas podem ter contato comigo. Elas podem me perguntar o que querem. Como isso é enganoso? Como isso é falso?", questionou.

O homem explicou que, quando se tornou um doador privado, decidiu fornecer um "número próximo" às famílias sobre suas doações para que tivessem uma ideia de suas ações. Ele afirmou que, em 2019, parou de aceitar novos "beneficiários" e passou a ceder o material apenas para irmãos das crianças geradas.

Meijer argumentou que o medo da endogamia e a crise de identidade são visões ultrapassadas. "Estamos agora em 2024. Temos casais de lésbicas em todos os lugares. Temos mães solteiras em todos os lugares. Sabemos que os doadores são benéficos para as famílias. Essas opiniões ultrapassadas, deveríamos parar de projetá-las nestas crianças", rebateu.


*Sob supervisão;