Excesso de violência por parte de agentes de segurança chocou população francesa
Após o presidente Emmanuel Macron aprovar uma controversa reforma da Previdência, a França tem visto manifestações generalizadas de trabalhadores contrários à medidas tais como o aumento da idade para a aposentadoria.
Conforme informações do Liberátion, jornal francês, os mais de dez dias de protestos foram marcados pela excessiva violência empregada pela força policial na repressão dos manifestantes, que foram por vezes submetidos a verdadeiros espancamentos nas mãos de agentes da lei.
Um relatório divulgado pelo Ministério Público da França no último domingo, 26, revelou que cerca de 400 manifestantes foram feridos até então. No sábado, em particular, um dos homens presentes para mostrar sua insatisfação com a reforma previdenciária acabou saindo do ato com um traumatismo craniano que o colocava sob risco de vida.
Vale mencionar que, entre a multidão que tomou as ruas do país, houve a presença de grupos de black blocs, isso é, pessoas mascaradas que buscam provocar danos à propriedade durante as manifestações.
De acordo com Dunja Mijatovic, todavia, que é ativista e uma Comissária da ONU para os Direitos Humanos, as ações dos black blocs não é desculpa para a maneira como os policiais franceses têm agido:
Os atos esporádicos de violência de alguns manifestantes [...] não podem justificar o uso excessivo da força por agentes do Estado", apontou ela, segundo repercutiu o UOL.