Rodrigo Scarpa compôs o elenco televisivo desde a estreia em 2003 até o fim da atração, em 2017
Rodrigo Scarpa, popularmente conhecido pelo trabalho como ‘Repórter Vesgo’ no extinto humorístico 'Pânico', criticou o trabalho que o tornou popular nacionalmente em rara entrevista na última quinta-feira, 10. Morando nos Estados Unidos, ele participou do podcast 'Mais que 8 Minutos', conduzido pelo humorista Rafinha Bastos.
Afastado da comunicação, ele acredita que os direcionamentos da atração para manter a liderança após atingir picos históricos fizeram a mesma “perder a essência’, destoando da proposta inicial do programa quando estreou, em 2003. Ele acrescentou afirmando que, se ainda estivesse no ar, seria "cancelado" pelo público da internet.
Eu acho que no final ali do 'Pânico' estava muito [apelativo] o negócio, incomodava as pessoas, e inclusive a gente que estava lá. [...] O que era a Mulher Samambaia? Era uma crítica a essas mulheres que ficavam paradas [na TV] sem fazer nada. Mas sabe o que é, eu entendo os caras, os jovens da TV aberta começaram a ir para a internet e quem ficou em casa [foram] os tiozões tarados", analisou.
Rodrigo acrescentou que, na reta final, com diversas atrações contando com as ‘panicats’, o elenco reclamava da objetificação exacerbada nos bastidores: "Muito sexualizado e incomodava a gente". O programa Pânico iniciou na rádio Jovem Pan em 1993 e dez anos depois migrou para a televisão, estreando na RedeTV!. Em 2012, realizou uma comentada transferência para a Bandeirantes, onde se manteve no ar até 2017.