Ex-primeiro-ministro indicou aproximadamente 100 pessoas para receber a honraria do país
Nesta segunda-feira, 6, o jornal britânico The Times revelou que o ex-primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, indicou o próprio pai para receber um título de cavaleiro, direito estabelecido aos premiês que deixam o cargo. A iniciativa gerou críticas da oposição, que acusou Johnson de nepotismo.
Segundo informações complementares do jornal Folha de São Paulo, a lista do ex-primeiro-ministro, que saiu do governo em setembro de 2022 após uma série de escândalos, conta com cem nomes. Agora, o atual líder, Rishi Sunak, precisava aprovar as indicações, mas membros de sua equipe já demonstraram preocupação em conceder a honraria.
Em entrevista para a rádio LBC, Keir Starmer, líder trabalhista da oposição, declarou:
Isso é ridículo. Um ex-primeiro-ministro concede honras ao pai? Por quais serviços? Acho que para o público é absolutamente escandaloso".
O escândalo mais recente envolvendo Boris Johnson ocorreu no ano passado, quando ele nomeou o deputadoChris Pincher, acusado de apalpar dois homens em um clube privado de Londres, para o cargo de vice-líder do Parlamento. Apesar do ex-primeiro-ministro negar que sabia das denúncias, investigadores descobriram que ele tinha conhecimento do caso desde 2019.
Outra polêmica com o filho de Stanley Johnson foi quando ele foi multado por realizar festas durante o período rígido de lockdown no Reino Unido, entre 2020 e 2021, em decorrência do aumento de casos de Covid-19. As reuniões eram realizadas para mais de cem convidados no jardim da residência oficial do governo, em Downing Street.