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Notícias / Internacional

Registro inédito: No pico mais alto da Groenlândia, chove ao invés de nevar

Os eventos climáticos indicam que a Groenlândia está se aquecendo rapidamente

Luíza Feniar Migliosi sob supervisão de Penélope Coelho Publicado em 20/08/2021, às 09h43

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Groenlândia Ocidental atingida por clima quente fora da estação - Getty Images
Groenlândia Ocidental atingida por clima quente fora da estação - Getty Images

No pico mais alto da Groenlândia, que fica a cerca de três mil metros acima do nível do mar, a precipitação aconteceu como chuva e não neve pela primeira vez na história. O National Snow and Ice Data Center coleta os dados desde 1950, segundo o portal de notícias UOL.

Pela terceira vez nos últimos dez anos, as temperaturas do local  ficaram acima de zero grau, segundo dados apresentados no último final de semana, quando aconteceu a chuva.

Segundo a CNN americana, o ar quente complementou um evento de chuva extrema que despejou 7 bilhões de toneladas de água no manto. Em decorrência disso, a quantidade de gelo perdida foi sete vezes maior do que o normal esperado para esta época do ano.

O cientista pesquisador do Centro Nacional de Dados de neve e Gelo da Universidade do Colorado, Ted Scambos disse que os eventos climáticos indicam que a Groenlândia está se aquecendo rapidamente. "O que está acontecendo não é simplesmente uma ou duas décadas quentes em um padrão climático errante. Isso é algo sem precedentes", relatou à CNN.

A mudanças climáticas da região também estão sendo acompanhadas pela Estação Summit da National Science Foundation, localizada no ponto mais alto da camada de gelo da Groenlândia. Ela funciona, desde 1989, o ano inteiro para observar mudanças extremas. Grande parte da chuva do fim de semana caiu na costa sudeste até a Estação Summit.

O manto de gelo da Groenlândia já havia experimentado um dos acontecimentos de degelo mais significativos da última década em julho. A quantidade seria suficiente para submergir o estado da Flórida em cinco centímetros de água. Esse foi o terceiro caso de derretimento extremo na última década.