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Notícias / Europa

As reconstruções faciais que revelaram as primeiras pessoas que viveram em Edimburgo, na Escócia

Artistas usaram crânios encontrados embaixo de uma igreja da cidade para reconstituir rostos centenários de um homem e uma mulher

Isabela Barreiros Publicado em 26/02/2020, às 14h38 - Atualizado em 29/04/2022, às 09h00

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As duas reconstruções faciais - Lucrezia Rodella/Karen Fleming/Conselho da Cidade de Edimburgo
As duas reconstruções faciais - Lucrezia Rodella/Karen Fleming/Conselho da Cidade de Edimburgo

Em 2020, artistas divulgaram o resultado de um impressionante trabalho. Eles reconstruíram rostos de duas pessoas que se acredita terem sido os primeiros habitantes da cidade de Edimburgo, na Escócia.

Os especialistas utilizaram crânios que foram encontrados na da Catedral de Santo Egídio, local que era usado como cemitério da região desde o início do século 12.

Os restos mortais de ambos não foram encontrados recentemente, mas foi apenas agora que pesquisadores do Centro de Anatomia e Identificação Humana da Universidade de Dundee, em parceria com o Conselho da cidade de Edimburgo, conseguiram restituir como eles teriam sido em vida.

Crédito: Lucrezia Rodella/Karen Fleming/Conselho da Cidade de Edimburgo

A primeira análise foi feita a partir dos ossos de um homem do século 12. De acordo com a artista forense Lucrezia Rodella, ele tinha entre 30 a 40 anos, 1,5m de altura, cabelos e olhos castanhos e um nariz longo. O crânio encontrado estava quase intacto, o que facilitou o trabalho dos artistas, que tiveram que lidar com a ausência de alguns dentes.

Outro trabalho realizado foi a reconstrução de uma mulher que viveu no século 16. Acredita-se que ela tenha pertencido à classe alta da cidade, e que tenha sofrido com hanseníase, o que fez com que seu rosto ficasse parcialmente desfigurado.

Crédito: Lucrezia Rodella/Karen Fleming/Conselho da Cidade de Edimburgo

 “Ser capaz de examinar fisicamente os restos mortais tem sido fascinante e proporcionou uma ótima visão da vida de nossos antepassados”, explicou Karen Fleming, outra artista forense que participou do projeto, conforme repercutido pela Smith Sonian em 2020.