Em uma rara review de filmes atuais, o cineasta opinou sobre a sequência tão esperada estrelada por Tom Cruise
Embora não seja de fazer reviews de filmes atuais, Quentin Tarantino decidiu abrir uma exceção ao opinar sobre a tão esperada sequência “Top Gun: Maverick” (2022), estrelado por Tom Cruise e dirigido por Joseph Kosinski.
Em entrevista ao podcast “ReelBlend”, junto ao co-autor de “Pulp Fiction: Tempo de Violência” (1994), Roger Avary, o cineasta contou como não explicou o motivo pelo qual não fala sobre outras produções recentes publicamente.
"[...] Porque eu seria forçado a apenas falar coisas positivas, se não eu estaria 'batendo' em alguém. Não quero fazer isso”, esclareceu.
"Mas neste caso, eu amo 'Top Gun: Maverick'. Achei fantástico. Eu vi nos cinemas. Isso e ‘Amor, Sublime Amor’ de [Steven] Spielberg”, contou. "Ambos proporcionaram um verdadeiro espetáculo cinematográfico, do tipo que eu quase pensei que não veria mais. Foi fantástico."
O diretor também comentou sobre Joseph Kosinski se tornar diretor da franquia após a morte de Tony Scott, que dirigiu “Ases Indomáveis” (1986) e tirou a própria vida em 2012. Ele também havia sido responsável por um dos primeiros roteiros de Tarantino, “Amor à Queima-Roupa” (1993).
"Houve apenas esse aspecto adorável, adorável porque eu amo tanto o cinema de Tony Scott, e eu amo tanto Tony que é o mais perto que chegaremos de ver mais um filme de Tony Scott", afirmou Quentin.
Ele acrescentou: "[Kosinski] fez um ótimo trabalho. O respeito e o amor de Tony estavam em cada quadro. Foi quase em todas as decisões. Foi conscientemente ali, mas de uma maneira muito legal que foi muito respeitosa”.
Segundo a Rolling Stone Brasil, Tarantino ainda contou na entrevista que também conversou com Tom Cruise sobre o desafio de continuar “Top Gun” sem seu diretor e sobre quem deveria ser o responsável por encabeçá-la sem Scott.
"É por isso que eu disse não [para uma continuação] todos esses anos, exatamente por esse motivo. Demos um jeito," teria dito o Cruise ao diretor, que acrescentou que "[esse respeito] estava em todas as decisões que Tom tomou no filme”.
O cineasta também opinou que a cena de reencontro entre Cruise e Val Kilmer "quase gratuita demais, mas absolutamente funciona. É um pouco como Charlie Chaplin morrendo no palco para a última cena de ‘Luzes da Ribalta’ (1952)… mas funciona para cara***. Você está esperando por isso e a po***da cena entrega."
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