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Notícias / Irã

Protestos no Irã após morte de mulher que não usava hijab já duram 10 dias

Até agora, houveram mais de 40 mortes durante as manifestações

Redação Publicado em 26/09/2022, às 11h38

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Fotografias de Mahsa Amini antes e depois de ser espancada pela polícia - Divulgação/ Arquivo Pessoal
Fotografias de Mahsa Amini antes e depois de ser espancada pela polícia - Divulgação/ Arquivo Pessoal

Os protestos contra as rígidas leis que tornam obrigatório o uso do hijab para mulheres no Irã completaram dez noites no último domingo, 25.

Até o momento, as manifestações, que contam com forte repressão policial, já têm 41 mortes confirmadas. Os números reais, todavia, podem ser muito maiores, uma vez que as forças do Estado têm feito disparos em meio à multidão. 

Vale mencionar que o presidente iraniano, Ebrahim Raisi, enfatizou no último sábado, 24, que quer a contenção "daqueles que se opõe à segurança e tranquilidade do país", conforme repercutido pelo The Guardian. 

O evento que iniciou a indignação popular foi o falecimento de Mahsa Amini, uma jovem de apenas 22 anos que, após ser flagrada sem usar o tradicional véu, foi espancada pela polícia do país durante o que foi chamado de "sessão de reeducação". Ela foi devolvida à sua família em coma, e eventualmente veio a óbito. 

Comunicação interrompida

Ainda segundo o The Guardian, o Irã também tem enfrentado diversos apagões e outras medidas que prejudicam o uso da internet desde o início dos protestos, o que dificulta a comunicação entre a população do país. 

O fato foi criticado porJosep Borrell, o Alto Representante da União Europeia para os Assuntos Estrangeiros, que afirmou que esses acontecimentos estão "violando descaradamente a liberdade de expressão". O político também condenou a atuação dos agentes da lei em meio às manifestações. 

O uso generalizado e desproporcional da força contra manifestantes não violentos é injustificável e inaceitável", acrescentou Borrell.