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Projeto quer transformar Brasil em potência ambiental até 2045

Feito por centenas de cientistas, estudo com ações imediatas para 2023 é anunciado

Alan de Oliveira| @baco.deoli, sob supervisão de Isabela Barreiros Publicado em 24/05/2022, às 08h33

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Imagem da Amazônia tirada por um helicóptero - Getty Images
Imagem da Amazônia tirada por um helicóptero - Getty Images

O Observatório do Clima (OC) divulgou um primeiro documento na quinta-feira, 19, em busca de transformar o Brasil em uma potência climática. O projeto, que consta com centenas de especialistas de diferentes meios científicos, prevê alterações em leis ambientais, assim como melhorias ao ecossistema brasileiro.

Intitulado de "Brasil 2045: Construindo uma potência ambiental", o texto prioriza ações de curtíssimo e curto prazo, de formas emergenciais. A equipe ainda promete entregar ao futuro presidente que for eleito em 2022 atualizações com os instrumentos jurídicos necessários (decretos, normativas e portarias) para que a ideia vá para frente de forma mais objetiva e transparente.

O OC recentemente fez uma pesquisa em que chegaram à conclusão de que a humanidade tem apenas mais sete anos e meios para reverter a crise climática. O Brasil é o 6° país que mais solta gases poluentes na atmosfera e, mesmo assim, com base nos estudos proposto pelo projeto "Brasil 2045", eles acreditam que a nação possa ser a primeira do mundo a ser negativa na emissão de gases.

"O Brasil é um dos países que mais tem condições de fazer isso. Nós temos uma matriz energética limpa, comparada aos outros países, e renovável, diz Claudio Angelo, coordenador de comunicação do projeto.

"A gente tem 46% das nossas emissões derivadas da mudança do uso da Terra, desmatamento, que quase não tem impacto no PIB brasileiro e temos uma extensa área degradada onde podemos restaurar florestas e outros ecossistemas", completou.

Por que 2045?

O Observatório do Clima montou um questionário com 67 perguntas perguntas inaugurais para organizações climáticas, apelidadas de "Enem do Clima", respondido por especialistas em políticas públicas, de acordo com informações do portal Galileu.

Com o resultado dos questionários, foram estabelecidas 8 áreas de ação para alcance de metas até 2045. São elas: políticas climáticas e acordos internacionais; prevenção e controle do desmatamento; bioeconomia e atividades agrossilvopastoris; justiça climática; energia; biodiversidade e áreas costeiras; indústria e gestão urbana; governança e financiamento da política ambiental nacional.

Com todos os focos diluídos nesses pontos, dividiram os atos em 2 esferas.

A primeira parte é para ações de curto prazo de 2 anos, com quem ocupar a presidência a partir de 2023, com foco em cumprir o Acordo de Paris e do controle de todo desmatamento dos biomas brasileiros.

A segunda, de curtíssimo prazo, envolve 62 ações emergenciais para os primeiros 100 dias de mandato, focados na remoção da Lei 191, que libera a exploração de minerais em territórios indígenas.

O trabalho do Observatório será contínuo e com diversas outras etapas ainda em desenvolvimento antes de serem anunciadas. A expectativa da comunidade científica brasileira é que o país se torne em 2045 uma das primeiras potências ambientais do planeta, podendo ser até pioneira.

Você pode conferir o estudo completo neste link.