Em sala de aula, professor de Santa Catarina foi filmado elogiando Adolf Hitler e defendendo o nazismo
Em Santa Catarina, um professor de História causou indignação ao ser filmado defendendo Adolf Hitler e o nazismo, período responsável por mortes em massa de minorias.
Conforme repercutido pelo g1, o delegado que investiga o caso, Juliano Baesso, informou que o professor já era alvo de investigações por episódios do tipo. Ele foi denunciado pelos alunos do ensino médio de uma escola da rede estadual de Santa Catarina.
No vídeo, o professor é direto quando questionado se defende o que Adolf Hitler fez: "O professor chega a apoiar o que ele [Adolf Hitler] fez?", questiona um aluno. Ele, então, responde: "sim, claro". Em seguida, o homem pergunta se alguém estava filmando o episódio e, em seguida, diz: "Eu tenho uma admiração por Hitler".
O delegado informou que o vídeo que repercutiu na terça-feira, 14, será anexado ao inquérito que já existe. Ao mesmo tempo, a Secretaria de Estado da Educação, através da Coordenadoria Regional de Laguna, destacou que estão sendo tomadas 'todas as medidas cabíveis'.
Em novembro de 2022, o professor fora afastado durante 60 dias por engradecer o nazismo em um aplicativo de mensagens. Na ocasião, ele até mesmo disse que 'Hitler foi melhor que Jesus'.
Investigado por apologia ao nazismo, o inquérito deve ser concluído nos próximos dias. O delegado também disse que o homem é investigado por outro possível crime.
"Também é investigado um possível crime de discriminação em razão da origem, por alguns comentários efetuados após as eleições", explicou ele.
Durante o Holocausto, na Segunda Guerra Mundial (1939 -1941), estima-se que cerca de 5 a 6 milhões de judeus tenham sido assassinados pelo regime nazista, apoiados pela justificativa de uma supremacia da raça ariana.
Ao lado de outras nomes cruéis, o regime de Adolf Hitler foi o responsável pela morte em massa de judeus, ciganos, homossexuais, testemunhas de Jeová e outras minorias. No Terceiro Reich, os excluídos da ‘raça ariana’ eram enviados para campos de trabalho forçado ou também de execução. Uma das vítimas brasileiras do regime nazismo é o senhor Andor Stern, que faleceu no ano passado.
“Eu tive o privilégio de ter reposto tudo que eu perdi. A vida me compensou de verdade: me deu, por exemplo, uma família maravilhosa e a oportunidade de, ainda com a minha idade, ser lúcido. Eu não tenho muito do que reclamar da vida, ainda que tenha vivido o que eu presenciei”, disse ele em entrevista ao site Aventuras na História.