Samuel Paty foi assassinado após exibir uma caricatura que zombava do profeta Maomé em sala de aula
No último domingo, 18, milhares de pessoas se reuniram em Paris, e em outras cidades da França para homenagear Samuel Paty, professor de história que foi decapitado por extremista islâmico após ter apresentado uma caricatura contra Maomé em sala de aula na sexta-feira, 16.
Na capital, a manifestação aconteceu na Praça da República, onde pôde-se registrar diversos cartazes com frases como "não ao totalitarismo do pensamento" e "sou professor".
A polícia francesa informou que 11 pessoas já foram detidas por suspeita de terem contribuído com o atentado. Entre eles estão parentes do homem suspeito de ter cometido o crime, que foi morto em intervenção policial após se recusar a soltar uma faca.
O jornalistas do "Charlie Hebdo", jornal cuja redação já sofreu ataque em 2015 após publicarem ofensas à fé islâmica, foram um dos organizadores da homenagem deste sábado. Diversos líderes políticos marcaram presença na manifestação, inclusive membros do partido do presidente Emmanuel Macron.
O presidente também visitou a escola de Paty e classificou oficialmente o ataque como um atentado terrorista islâmico. "Um de nossos compatriotas foi assassinado porque ele ensinava seus alunos sobre liberdade de expressão, liberdade de crer ou de não crer", afirmou Macron.