Brasileira cartunista encontrou semelhanças entre a série da Netflix e uma obra de sua autoria
Redação Publicado em 21/11/2022, às 11h19
Sucesso na Netflix, a série '1899' caiu em polêmica no último domingo, 20. Isso porque uma cartunista brasileira encontrou referências de um quadrinho de sua autoria nos episódios da série de suspense.
O quadrinho se chama 'Black Science', e foi lançado em 2016 por Mary Cagnin. Através de sua conta oficial no Twitter, ela mostrou muitas das semelhanças encontradas e fez um desabafo. Na série de publicações, Mary mostrou o que achou de semelhante entre as obras.
"Está tudo lá: A pirâmide negra. As mortes dentro do navio/nave. A tripulação multinacional. As coisas aparentemente estranhas e sem explicação. Os símbolos nos olhos e quando eles aparecem. As escritas em códigos. As vozes chamando por eles. Detalhes sutis da trama, como dramas pessoais dos personagens, incluindo as mortes misteriosas", escreveu Mary Cagnin.
++ Afinal, existe uma ligação entre '1899' e 'Dark', sucesso da Netflix?
Mary também relembrou que realizou uma apresentação de 'Black Science' em 2017 na Feira do Livro de Gotemburgo, Suécia. Com isso, ela levantou a suposição de que sua obra foi plagiada após essa apresentação internacional.
Participei de painéis e distribuí o quadrinho Black Silence para inúmeros editores e pessoas do ramo. Não é difícil de imaginar o meu trabalho chegando neles. Eu não só entreguei o quadrinho físico como disponibilizei a versão traduzida para o inglês', continuou a artista.
Com a repercussão da denúncia nas redes sociais, Jantje Friese, produtora e roteirista da da série com Baran bo Odar, se pronunciou oficialmente nesta segunda-feira, 21, através de uma publicação no Instagram.
Jantje disse que eles não conheciam 'Black Science' até o episódio tomar as redes sociais e que a série '1899' se trata de uma ideia 'original e não baseada em nenhum material'.
“Oi Internet! Não posto nada há anos porque, francamente, acho que as redes sociais se tornaram tóxicas. As últimas 24 horas provou isso novamente. Para contextualizar: uma artista brasileira alegou que roubamos de sua graphic novel. Para deixar claro: nós não fizemos isso! Até ontem nem sabíamos da existência dessa graphic novel. Ao longo de dois anos, colocamos dor, suor e exaustão na criação de 1899. Esta é uma ideia original e não baseada em nenhum material. No entanto, estamos sendo bombardeados com mensagens - algumas delas feias e ofensivas. Alguém dá um alarme false e todos vão em cima, sem ao menos checar se as afirmações fazem algum sentido. Claro que isso deveria ser um esquema para vender mais de suas histórias em quadrinhos: bem jogado”, destacou Jantje.
