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Notícias / Mundo

Primeira-ministra da Bangladesh renuncia e foge do país em meio a protestos

No poder havia 15 anos, a premiê de Bangladesh, Sheikh Hasina, renunciou ao poder após invasão de manifestantes em residência oficial do governo

Éric Moreira
por Éric Moreira

Publicado em 05/08/2024, às 09h09

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Fotografia tirada em meio aos protestos em Bangladesh - Getty Images
Fotografia tirada em meio aos protestos em Bangladesh - Getty Images

Nesta segunda-feira, 5, o comando das Forças Armadas de Bangladesh anunciou que a primeira-ministra do país, Sheikh Hasina, havia renunciado ao cargo. Esse evento ocorre em meio a uma já recorrente onda de protestos contra o governo, que, até agora, já deixou cerca de 300 mortos.

Segundo repercutido pelo g1, Hasinaestava no poder do país há 15 anos mas, após renunciar, ela não só abriu mão do cargo, como também teria deixado o país. Com isso, agora Bangladesh é comandado por um governo interino de militares, conforme anunciado pelas Forças Armadas do país.

Nos eventos que motivaram à renúncia da premiê, destaca-se que, ainda nesta segunda-feira, milhares de manifestantes invadiram a residência oficial da primeira-ministra, localizada em Daca, capital do país. Uma multidão pôde ser vista entrando no local, e até mesmo acenando para câmeras, conforme imagens que repercutiram.

Por fim, vale mencionar ainda que, ainda nesta manhã, a internet foi bloqueada em todo o território de Bangladesh, depois de um fim de semana intenso com manifestações massivas e violência. Em pronunciamento, Waker-uz-Zaman, chefe das Forças Armadas, alegou que o governo interino dos militares deve funcionar até que seja encontrada uma nova solução.

Tensão política

Conforme explica o g1, atualmente Bangladesh — um dos países mais populosos do mundo, localizado no sudeste asiático — vem sendo palco de uma série de protestos estudantis que, somente nas últimas semanas, já deixaram cerca de 300 mortos.

Esses manifestantes, explica o veículo, se posicionam contra o sistema de cotas do governo atual, que determina que um terço dos empregos públicos deve ser voltado a parentes de veteranos da guerra de independência do país, de 1971.

Essa política de cotas foi abolida no fim de 2018 mas, em junho deste ano, foi restabelecida. Por isso, já em janeiro, uma onda de protestos havia sido registrada no país, em que manifestantes pressionavam Sheikh Hasina após uma reeleição controversa, inclusive com alegações de fraude.

Sheikh Hasina / Crédito: Getty Images

A princípio, os protestos funcionavam de maneira pacífica, sendo liderados por grupos de estudantes. Porém, após sucessíveis embates contra a polícia e outros grupos pró-governo, além da influência das condições econômicas complicadas do país, aumento de desemprego e esgotamento de reservas estrangeiras, essas manifestações começaram a se tornar violentas.

Por fim, segundo a CNN News 18, um canal local em Bangladesh, Hasina fugiu para a cidade de Agartala, ao nordeste da Índia, após a renúncia. Agora, segundo o veículo, o governo indiano deve oferecer-lhe proteção.