Volodymyr Zelensky declarou que foguete encontrado em seu território é de fabricação russa e não se responsabiliza pela explosão
Na última terça-feira, 15, uma explosão atingiu o pequeno povoado polonês de Przewodow, próximo a fronteira da Ucrânia. Segundo a agência de notícias Interfax Ucrânia, o presidente do país Volodymyr Zelensky declarou que não tem dúvidas de que a explosão que matou duas pessoas na Polônia não foi causada por um míssil ucraniano:
Eu não tenho dúvidas de que não foi nosso míssil".
Ainda de acordo com Zelesnky, suas conclusões foram fundamentadas em informações das forças ucranianas que ele “só pode acreditar” e também ressaltou o fato de não ter recebido acesso ao local da explosão para dar seguimento às investigações:
"Se temos o direito de fazer parte da equipe de investigação? É claro".
Em primeiro momento, as informações divulgadas pelo secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Jean Stoltenberg, apontavam para um artefato de defesa aérea ucraniano. Ao mesmo tempo, não há indícios de que a Rússia tenha atacado a Polônia.
"Não temos nenhum indício de que a Rússia está planejando uma ação militar contra aliados da Otan", disse Jens Stoltenberg, secretário-geral da Otan, em coletiva. "Análises preliminares indicam que a explosão foi causada provavelmente por um míssil de defesa aérea ucraniano, disparado para defender o território da Ucrânia contra os mísseis da Rússia".
No entanto, outros representantes da Organização declararam que, em última instância, a responsabilidade será dos russos, uma vez que eles foram responsabilizados por iniciar os conflitos. Os Estados Unidos e seus aliados da OTAN ainda não concluíram as buscas.
"Isso não é culpa da Ucrânia, a responsabilidade é da Rússia, por continuar essa guerra ilegal", disse Jens Stoltenberg. "A Ucrânia tem direito de derrubar esses mísseis, e a Otan está preparada para situações assim, para garantir que elas não saiam do controle".
A explosão no leste da Polônia contribuiu para acirrar a tensão entre Rússia e Ucrânia e reacendeu o alerta mundial para outras possíveis ameaças.
Autoridades ucranianas afirmaram que Kiev não recebeu nenhuma proposta de Moscou para iniciar negociações de paz. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse nesta semana que o país não está interessado em promover conversas com a Rússia.