André Luiz Rigo detém uma das maiores coleções ligadas ao período, já autenticadas pelo Museu de Arqueologia e Etnologia da UFSC
Com os efeitos do tempo, são poucas as coisas de séculos atrás que, nos dias atuais, podem ser vistas ou até mesmo tocadas. Contudo, o colecionador catarinense André Luiz Rigo, 37, chama atenção pelo esmero com itens antigos, especificamente ao colecionar louças do período imperial com inscrições capazes de revisitar a memória do país.
Entrevistado pela NSCtv, afiliada da TV Globo em Santa Catarina, o rapaz não apenas conseguiu acumular a numerosa coleção através de seguidos arremates em leilões, mas conseguiu atestar a legitimidade de todos os objetos junto ao Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), posteriormente escrevendo o livro "A mesa do rei", que detalha a prataria usada pela família imperial.
O colecionador ainda revelou ao veículo que não apenas as expõe para visitar, como as usa em ocasiões especiais — sempre em condições seguras, além de armazená-las em compartimentos planejados especialmente para a preservação dos itens.
Dois dos itens de sua coleção chamam atenção por serem de uso diretamente atribuído a dois imperadores do Brasil; o primeiro é um prato raso do serviço PII Grande, cuja sigla representa Dom Pedro II. A peça, com contorno verde e dourado, foi obtida após uma oferta de R$ 7 mil, chamando atenção ao estado de conservação quase perfeito.
Outro imperador representado em sua coleção compõe uma das peças mais antigas; 'Serviço de Pavões' pertencia a coleção pessoal de Dom João VI, contando com ornamentos floridos estampando a louça, datado entre os anos de 1735 e 1796.