Novas pesquisas e datações provam que ilhas na Escócia foram feitas e usadas por povos do neolítico, que viveram há 5.600 anos
Pequenas ilhas ao redor da Escócia, conhecidas como crannogs, foram feitas artificialmente por homens do neolítico. Com pedras, barro e madeira acumulados, elas foram construídas há pelo menos 5.600 anos atrás. Afirma novo estudo.
Anteriormente, acreditava-se que as ilhas haviam sido feitas durante a Idade do Ferro, entretanto, as novas pesquisas indicam que elas são muito mais antigas que isso.
O estudo denota que os crannogs eram considerados locais essenciais pelas comunidades do neolítico, de acordo com os fragmentos de cerâmica encontrados pela região. Desde 2016, dois arqueólogos britânicos vêm analisando os restos de cerâmica dos crannogs em Outer Hebrides, incluindo três ilhotas num lago ao Norte da Escócia. Nessas análises, foram feitas datações por radiocarbono que indicam uma cronologia de 3.640 e 3.360 a.C.
Escavadores denunciaram que não foi encontrada nenhuma estrutura tipicamente neolítica nas ilhas, sendo necessário empreender mais escavações pela região. No entanto, mergulhadores encontraram fragmentos de cerâmica típicos da época. Alguns, inclusive, queimados. Assim, pesquisadores apontam a possiblidade dos potes terem sido lançados na água intencionalmente, como parte de um ritual.
As ilhas são de pequeno porte, medindo em média 10 metros de diâmetro. Algumas delas possuíam passagens sobre a água. Até agora, apenas 10% delas foram devidamente datadas por método de radiocarbono, o que pode resultar na descoberta de estruturas mais antigas.