O presidente do TSE, Luís Roberto Barroso mencionou os episódios ocorridos em 7 de setembro para justificar a fala; entenda
Em recente entrevista para a GloboNews, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, TSE, Luís Roberto Barroso, foi questionado sobre uma possível tentativa de golpe por parte de Jair Bolsonaro, caso o atual presidente do Brasil não consiga se reeleger.
Barroso afirmou que qualquer tentativa de uma ruptura institucional do atual presidente já foi “sepultada” em 2021, mencionando os atos no dia 7 de setembro, data que marca a independência do Brasil. As informações foram publicadas nesta quinta-feira, 17, pelo UOL.
"Eu acho que o 7 de setembro foi bem o sepultamento do golpe. Compareceram menos de 10% do que se esperava, quer dizer a extrema-direita radical no Brasil é bem menor do que se alardeava, as polícias militares não aderiram, nenhum oficial da ativa relevante deu qualquer apoio àquele tipo de manifestação”, afirmou.
Luís Roberto continuou:
“O presidente compareceu, fez um discurso pavoroso, golpista, de ameaças a pessoas e ofensas. [Disse] 'Não vou cumprir decisão judicial' e, dois dias depois, mudou completamente o discurso, procurou as pessoas que ele tinha ofendido para conversar. De modo que eu acho que ali se relevou que a sociedade brasileira não aceitaria nada diferente”.
Na ocasião citada pelo presidente do TSE, Bolsonaroameaçou instituições democráticas e afirmou que não acataria mais decisões judiciais. Além disso, também atacou ministros. No entanto, com a repercussão negativa de seus atos, em seguida, o político voltou atrás e afirmou que não teve a intenção de atacar os Poderes da República.