As freiras viviam em um mosteiro na costa italiana até receberem uma carta do papa
Na cidade de Ravello, na Itália, duas freiras foram expulsas de um mosteiro pelo Vaticano após desobedecerem um pedido de deixar o lugar, que há sete séculos existe na costa italiana de Amalfi.
Angela Maria Punnackal e Massimiliana Panza deixaram o mosteiro no último sábado, 4, depois de terem recebido uma carta assinada pelo próprio papa Francisco. Conhecidas como “freiras rebeldes”, as mulheres foram dispensadas de suas “obrigações da sagrada ordenação”, segundo o documento.
O mosteiro e sua comunidade enclausurada abrigava apenas três religiosas, Panza, Punnackal e Maria Cristina Fiore, uma irmã de 97 anos que mora lá desde 1955, que se encontra acamada. Todas elas foram convidadas a se transferirem para outro convento depois que uma inspeção concluiu que não compensava continuar com a manutenção devido ao pequeno número de habitantes do prédio.
O pedido de receber mais irmãs no mosteiro foi rejeitado e as residentes tentaram negociar com o Vaticano para mantê-lo funcionando. Depois de a solicitação foi desprezada, as freiras resistiram aos pedidos de transferência, segundo a Veja.
Na carta enviada pelo Vaticano, as mulheres foram informadas que “desobedeceram à Igreja”. O advogado delas, Fabrio Adernò disse que “é essencialmente uma punição”. “E porque foi confirmado pelo papa Francisco, elas não podem apelar.
A única solução seria uma graça, na medida em que o papa removesse essa ordem e permitisse que eles se reintegrassem à freira”. Agora Panza voltou para a casa de sua família, perto de Nápoles, e Punnackal, que é da Índia, está hospedada na cidade.