Kim Potter teria confundido uma arma com um taser; o caso aconteceu nos EUA
Teve início na última quarta-feira, 8, o julgamento de Kim Potter, policial que matou um jovem negro ao confundir uma arma de fogo com um taser, em Minneapolis, nos EUA. A morte de Daunte Wright, de 20 anos, gerou inúmeros protestos no país.
O incidente se deu no dia 11 de abril de 2021, no subúrbio de Brooklyn Center. Na época, Potter e mais dois colegas de trabalho ordenaram a parada do veículo de Daunte durante um controle de trânsito. Contudo, logo perceberam que o jovem era procurado por porte de armas.
Conforme informações do UOL, naquele momento, o jovem que estava desarmado tentou fugir. A reação de Potter foi sacar o que pensava ser o 'taser'. No entanto, a policial havia se confundido, equívoco esse que acabou provocando a morte de Wright. Em uma gravação do momento da ação, é possível ouvir a mulher gritar 'taser' diversas vezes antes do disparo.
Aos 49 anos de idade, a acusada é uma profissional experiente, com 26 anos de trabalho na área.
Para Paul Engh, advogado de defesa, a norte-americana "fez o que deveria ter feito para proteger seu colega", já que um policial corria risco de ser atropelado pelo veículo de Daunte. Segundo ele, em um momento de estresse, Kim "cometeu um erro". "Foi um acidente, ela é humana", acrescentou.
"Ela não está sendo processada por homicídio involuntário", explicou a promotora Erin Eldridge, mas também não se trata de "um erro desafortunado". De acordo com a profissional, Potter é acusada de "manipulação imprudente de uma arma de serviço" e, ainda, negligência, uma vez que ela é uma policial com mais de vinte anos de experiência.