Conhecida como a pintura mais cara da história, o quadro "Salvator Mundi" voltou a ser alvo de polêmicas após o longa francês
Exibido por toda a França na última terça-feira, 13, um polêmico documentário sugeriu que “Salvator Mundi”, o quadro mais caro da história (que foi leiloado por 450,3 milhões de dólares em meados de 2017), não foi realmente criado por Leonardo da Vinci, o artista que assinou a obra. A pintura, então, voltou a ser alvo de polêmicas.
Acontece que a história do famoso quadro começou em meados de 2018, quando a Arábia Saudita, que detém a obra, pediu que o Museu do Louvre verificasse sua autoria. Na época, o país analisava um pedido de empréstimo do próprio museu parisiense, que planejava expor a pintura entre outubro de 2019 e fevereiro de 2020.
Durante três meses, portanto, o laboratório do Louvre, mais conhecido como C2RMF, estudou cada detalhe da obra. Ao final das investigações, os especialistas atestaram que Salvator Mundi “é efetivamente uma obra realizada por Leonardo, e apenas por ele", segundo explicou Didier Rykner, em entrevista à revista La Tribune de l'Art.
Da mesma forma, um livro organizado pelo diretor do Louvre, Jean-Luc Martinez, e pelo curador da exposição, Vincent Delieuvin, confirmou a autoria da obra. O livro, contudo, foi retirado da loja do museu um dia depois de seu lançamento, após a Arábia Saudita negar o empréstimo da valiosa pintura, segundo o jornal Estado de Minas.
Para Antoine Vitkine, o diretor do polêmico documentário francês, todavia, o Louvre só foi transparente sobre as investigações após a midiatização do longa. O próprio museu, por sua vez, diz que não irá comentar o caso, já que não pode se pronunciar oficialmente sobre obras que não estão expostas em seus corredores.