Entre o fim da Idade Média e o século 19, os indivíduos tiveram uma significativa perda de qualidade de vida
Uma pesquisa publicada pelo historiador Jörg Baten, da Universidade de Tubinga, na Alemanha, em parceria com Richard Steckel e Clark Larsen da Universidade de Ohio e outros 75 pesquisadores, revela um detalhe surpreendente sobre a saúde das pessoas que viveram durante a Idade Média.
Ao examinar 15.000 esqueletos, enterrados entre o século III e o século 19, encontrados em diferentes locais da Europa, o time de pesquisadores chegou à conclusão de que as pessoas eram mais saudáveis durante a “Idade das Trevas” que durante a “Idade das Luzes” (o século 18). O estado de saúde medieval só foi superado com a medicina moderna, no final do século 19. Para chegar à conclusão, os profissionais analisaram e fizeram uma comparação entre a saúde dental, estatura e a qualidade da alimentação dos cadáveres descobertos.
O estudo explica que a Praga de Justiniano, epidemia de (possivelmente) peste bubônica ocorrida entre 541 e 544, em consequência da peste bubônica, teve efeitos positivos na saúde dos cidadãos que, viriam a nascer depois da epidemia. Por causa da queda da população, as gerações futuras tiveram acesso a mais e melhores recursos, que resultaram em melhores condições de vida. Em contraste, Jörg afirma que “o aumento da população e da desigualdade social entre os séculos 16 e 19, ocasionaram a perda da melhoria conquistada anteriormente”.