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Notícias / Cidade medieval

Pesquisadores elaboram mapa de cidade medieval que foi submersa no século 14

Cidade localizada no atual território da Alemanha teria sido engolida pelo mar durante a "enchente de São Marcelo", no ano de 1362

por Giovanna Gomes
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Publicado em 08/07/2024, às 14h22

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Pesquisadores encontraram assentamentos medievais na região de Rungholt - Divulgação/Wilken et. al
Pesquisadores encontraram assentamentos medievais na região de Rungholt - Divulgação/Wilken et. al

Escavações realizadas às margens do Mar de Wadden no ano de 2023 revelaram 2 km de assentamentos medievais na região de Rungholt, antiga cidade medieval localizada no atual território da Alemanha. Segundo lendas locais, a região foi engolida pelo mar durante a "enchente de São Marcelo" em 1362, resultando na perda de informações sobre sua população e costumes.

A partir da interconexão das estruturas identificadas, o grupo de cientistas responsável pelas escavações foi capaz de reconstituir uma área de pelo menos 10 km². Segundo informações da revista Galileu, o estudo foi detalhado na revista Scientific Reports.

A enchente de São Marcelo foi um ciclone extratropical que devastou regiões costeiras das Ilhas Britânicas, Países Baixos, norte da Alemanha e Dinamarca, atingindo o pico em 16 de janeiro de 1362 e causando cerca de 25 mil mortes.

Estruturas encontradas

O levantamento geofísico da região, utilizando magnetismo, revelou anomalias que indicam uma estrutura retangular e uma semicircular.

Além disso, as escavações localizaram restos de uma antiga igreja. Comparando-a com igrejas medievais preservadas na Frísia do Norte, os pesquisadores confirmaram tratar-se de uma igreja românica com torre integrada, sendo possivelmente uma das principais da região.

Os arqueólogos construíram um mapa da antiga Rungholt, sugerindo a presença de uma rede de valas de drenagem, um dique marítimo e cerca de 64 estruturas habitacionais. As escavações também revelaram objetos importados de alta qualidade, incluindo cerâmica vermelha, grés com esmalte de chumbo, caldeirões de bronze fundido, caldeirões de latão martelado, espadas e faiança hispano-mourisca.

Para proteger o local das descobertas, considerado Patrimônio da Humanidade, os pesquisadores optaram por não divulgar todas as informações analisadas no estudo.