Em 2019, a primeira passagem no Chavín de Huántar foi descoberta, revelando um complexo sistema subterrâneo
No ano de 2019, uma equipe de arqueólogos exploravam o sítio arqueológico Chavín de Huántar, no Peru, conhecido por abrigar um complexo de templos com datação estimada em 3 mil anos, quando decidiram fazer um escaneamento computadorizado em um dos templos.
A ação, que contou com uma câmera robótica, revelou uma curiosa passarela subterrânea, traçando uma nova linha de pesquisa no local.
Três anos depois, a equipe do arqueólogo John Rick, da Universidade de Stanford, localizou 35 túneis que se completam com interligações, formando uma galeria que, ao se unir, chegava a uma câmara cerimonial, com direito a tigelas e a representação de um condor.
Tal descoberta possibilitou os pesquisadores a concluírem que, no uso original do local, estimado entre os anos 900 a 200 a.C., o templo era usado para abrigar reuniões ou até mesmo um oráculo.
Engana-se quem acredita que a galeria se aproximava do que conhecemos como passsagens humanas; Rick e sua equipe teve de se espremer entre as passagens de apenas 40 centímetros de diâmetro.
A complicação valeu a pena, visto que a impressionante tigela esculpida, com 10 polegadas de altura e pesando cerca de 18 kg, foi recolhida com êxito para análise laboratorial, que pode estimar a data da criação e até mesmo resquícios de materiais colocados no recipiente.