Datado da Idade do Bronze, o item foi levado a um dos mais importantes museus da França, mas ficou intocado por décadas
Uma placa de pedra pré-histórica encontrada em Finistère, na França, no ano de 1900, voltou a chamar atenção na última terça-feira, 6, quando pesquisadores de quatro instituições — Instituto Nacional Francês de Pesquisa Arqueológica Preventiva (Inrap), Universidade de Bournemouth, Centro Nacional de Pesquisa Científica da França (CNRS) e Universidade da Bretanha Ocidental (UBO) — revelaram um importante recorde da peça.
Os elementos de datação e figuras pré-histórica apontam que a topografia da placa foi criada propositalmente para ter o que seria um 'efeito 3D', com texturas que representariam o vale do rio Odet no mapa, enquanto as linhas representavam a correnteza das águas. A descoberta é a mais antiga do tipo já conhecida no velho continente, como relatou o portal Heritage Daily.
A conclusão foi obtida com o auxílio de escaneamentos 3D de alta resolução com fotogrametria, técnica da geociência que permite o registro de ambientes físicos por proporções.
Com o auxílio dessas técnicas, os pesquisadores conseguiram localizar uma área real de aproximadamente 30 km por 21 km, ao longo do curso do rio Odet, que se assemelha a representação do mapa.
O motivo da criação dele é sugerido na publicação da pesquisa; essa região pode ter comportado três nascentes; a do rio Odet, mas também a dos rios Isole e Stêr Laër.
A placa estava guardada no Museu Nacional de Antiguidades da França desde 1924, quando foi adquirida. Desde então, permanecia armazenada em um nicho do fosso do edifício — até ser revisitada em 2014 e, posteriormente, sendo liberada para a realização da pesquisa em 2017, como registrou o artigo da Universidade de Bournemouth.
Descobertas arqueológicas milenares sempre impressionam, pois, além de revelar objetos inestimáveis, elas também, de certa forma, nos ensinam sobre como tal sociedade estudada se desenvolveu e se consolidou ao longo da história.
Sem dúvida nenhuma, uma das que mais chamam a atenção ainda hoje é a dos egípcios antigos. Permeados por crendices em supostas maldições e pela completa admiração em grandes figuras como Cleópatrae Tutancâmon, o Egito gera curiosidade por ser berço de uma das civilizações que foram uma das bases da história humana e, principalmente, pelos diversos achados de pesquisadores e arqueólogos nas últimas décadas.