A nova espécie viveu há aproximadamente 350 milhões de anos e desenvolveu a capacidade de inspiração sendo um animal marinho
Uma equipe de pesquisadores localizou uma amostra fossilizada de um artrópode cuja estrutura respiratória impressiona; o escorpião-do-mar, cientificamente nomeado como Adelophthalmus pyrrhae, foi encontrada há 25 anos na formação Lydiennes na região de Montagne Noire, na França — desde então, passou por diversos processos de escaneamentos tridimensionais.
Com uma nova análise, realizada por paleontólogos do Departamento de Geologia e Geografia da West Virginia University, foi possível concluir que a rara espécie podia respirar acima da água. Utilizando a técnica de imagem de micro tomografia computadorizada, os pesquisadores visualizaram o estado dos órgãos do animal.
Nas guelras, o escorpião possuía placas que continha menos pratos na parte de trás do que a frente, levantando a dúvida sobre como era sua respiração. A conclusão surgiu nas trabéculas, que mantiveram as guelras separadas para que não haja colapsos fora d’água. A característica é vista em dos descendentes modernos; os escorpiões de terra e aracnídeos.
Um dos co-autores do estudo, publicado na revista Current Biology, dr. James Lamsdell acrescentou características do animal descobertas: “A razão pela qual pensamos que eles estavam vindo para a terra era para se moverem entre poças de água. Eles também podem botar ovos em ambientes mais protegidos e seguros e migrar de volta para o mar aberto”.