Acredita-se que o fragmento roxo encontrado após escavações em Timna, tenha sido usado no período do suposto reinado de Davi
De acordo com informações publicadas nesta sexta-feira, 29, pela BBC, arqueólogos israelenses trabalharam em escavações na cidade de Timna — local cerca de 220 km de Jerusalém — e encontraram algo inédito.
Segundo revelado na publicação, trata-se de uma espécie de tinta roxa encontrada em um pedaço de tecido. Para os pesquisadores, essa coloração rara foi usada no período do suposto reinado de Davi, história narrada na Bíblia.
A hipótese foi levantada após a amostra ter sido levada para pesquisas, onde a datação por carbono revelou que o fragmento é de cerca de 1.000 a.C, data que coincide com a época em que Davi reinou, segundo a Bíblia.
Apelidada de ‘tinta bíblica’, essa é a primeira vez que uma tintura dessa cor foi encontrada em materiais da época, os arqueólogos afirmam que o roxo era uma cor usada por nobres e pessoas de prestígio como Davi, Salomão e até mesmo Jesus.
O tom era de difícil extração, por isso, costumava ser muito valorizado: “O fato de ele não desbotar e a dificuldade de produção da tintura, que se encontra em pequenas quantidades no corpo dos moluscos, faziam com que fosse o mais valorizado dos corantes, que costumam custar mais do que ouro”, revelou o especialista Dr. Naama Sukenik.
Agora, os pesquisadores continuam trabalhando na região em busca de novas descobertas, além de continuarem as pesquisas no material têxtil e na tinta roxa encontrada.
Sobre Jesus Cristo
Jesus de Nazaré, além de uma entidade religiosa, foi uma figura histórica. Trata-se de um homem de origem judaica nascido na Galileia na primeira metade do século I, foi carpinteiro, discípulo de João Batista e um resistente da ocupação romana na Judeia, até se tornar imagem central da religião cristã.
Acreditam que Jesus passou pelo menos um ano sendo rabino na região do Mar da Galileia, antes de sua crucificação, supostamente na Páscoa de 30 d.C., como forma de resistência às elites que dominavam Jerusalém.
Jesus era considerado um profeta e disseminador de uma ética religiosa, e suas parábolas eram considerados reflexões sobre Deus e a resistência em uma realidade de opressões políticas. Por esse motivo, foi perseguido pelas autoridades da Judeia e condenado à morte por crucificação pelos romanos, governados por Pôncio Pilatos. Segundo a tradição religiosa, Jesus teria retornado da morte como Rei dos Judeus três dias após o óbito.