Nova tecnologia revela a importância das estruturas em forma de treliça nas caudas dos répteis voadores, conhecidos como pterossauros
Uma equipe de paleontólogos da Universidade de Edimburgo acaba de desvendar um dos maiores mistérios da paleontologia: como os pterossauros, os primeiros vertebrados a conquistar os céus, conseguiam voar com tanta maestria. A resposta está em suas caudas.
Graças a uma nova técnica de laser, que revela detalhes invisíveis a olho nu em fósseis, os cientistas descobriram que os pterossauros possuíam estruturas em forma de treliça nas pontas de suas longas caudas. Essas estruturas, feitas de membranas entrelaçadas, atuavam como verdadeiras velas, estabilizando o voo e permitindo que os animais manobrassem com precisão.
Pesquisas anteriores já haviam indicado a importância da rigidez da cauda para o voo dos pterossauros, mas a forma como essa rigidez era alcançada permanecia um enigma. A nova descoberta, obtida através da análise de fósseis de 150 milhões de anos de um pterossauro chamado Rhamphorhynchus, revelou que a membrana da cauda e suas estruturas internas eram mais complexas do que se imaginava.
Segundo o 'Independent', a Dra. Natalia Jagielska, líder da pesquisa, explica que essa descoberta abre novas perspectivas para o estudo dos pterossauros. "Descobrir como as membranas dos pterossauros funcionavam pode inspirar novas tecnologias de aeronaves", afirma a pesquisadora.
A descoberta também levanta questões intrigantes sobre outras possíveis funções da cauda dos pterossauros. O Dr. Jordan Bestwick, pesquisador da Universidade de Zurique, sugere que as caudas desses animais podem ter sido mais coloridas do que se imaginava.
"O estudo também levanta possibilidades intrigantes sobre como os pterossauros podem ter usado suas caudas para atrair uma parceira; as caudas dos pterossauros podem ter sido mais coloridas do que jamais imaginamos", pontuou o pesquisador.
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