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Notícias / EUA

Pela primeira vez, fêmea de furão clonada dá à luz filhotes nos EUA

Novidade foi anunciada pelo Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos EUA; este é o primeiro caso de uma espécie clonada e ameaçada que consegue gerar descendentes no país

por Giovanna Gomes
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Publicado em 06/11/2024, às 08h01

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Antonia e seus filhotes - Divulgação/NZCBI do Smithsonian
Antonia e seus filhotes - Divulgação/NZCBI do Smithsonian

Uma fêmea de furão-de-patas-pretas (Mustela nigripes) chamada Antonia, clonada como parte de um projeto de conservação, deu à luz dois filhotes, anunciou o Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos EUA. Os bebês nasceram no Instituto Nacional de Biologia da Conservação e Zoológico Smithsonian (NZCBI), na Virgínia.

Antonia foi clonada juntamente com o furão Noreen, a partir do material genético de Elizabeth Ann, que por sua vez também foi clonada a partir de células congeladas de 1988, originárias de uma fêmea de furão chamada Willa.

Após alcançar a maturidade reprodutiva, Antonia cruzou com um macho de 3 anos chamado Urchin, gerando dois filhotes — o primeiro caso nos EUA de uma espécie clonada e ameaçada que consegue ter descendência. Este acontecimento histórico representa um avanço científico significativo para a conservação de espécies ameaçadas.

Filhotes

Dos três filhotes gerados por Antonia, apenas dois sobreviveram, um macho e uma fêmea, que permanecem saudáveis, de acordo com o portal Galileu. A família continuará sob monitoramento e pesquisa no NZCBI, sem planos de reintegração à natureza por enquanto.

"A reprodução bem-sucedida e o subsequente nascimento dos filhotes de Antonia são um marco importante na conservação de espécies ameaçadas", afirmou Paul Marinari, curador sênior do NZCBI, em comunicado oficial.

O NZCBI agora se concentrará na preservação dos habitats naturais desses furões, na reintegração controlada na natureza e na resistência a doenças.

O fato de uma espécie clonada conseguir se reproduzir marca um avanço notável na genética de conservação. A fonte destaca que esse sucesso demonstra que a clonagem pode contribuir para a diversidade genética e abre novas perspectivas para a recuperação de animais em risco de extinção, preservando futuras gerações de furões e superando limitações genéticas.