"É preciso proteger indígenas contra empresas", afirmou papa Francisco em apelo em defesa ao meio ambiente
Em mensagem ao Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação, celebrado pela Igreja Católica no dia 1º de setembro, o Papa Francisco fez um apelo à defesa do meio ambiente e afirmou que "é preciso proteger as comunidades indígenas das empresas", direcionando o recado especialmente para as grandes multinacionais.
Na mensagem publicada, ele alega que "a extração perniciosa de combustíveis fósseis, minerais, madeira e produtos agroindustriais, fazem nos países menos desenvolvidos aquilo que não podem fazer nos países que lhes dão o capital", e ainda acrescentou que essas práticas fazem parte de um "novo tipo de colonialismo, que explora vergonhosamente comunidades e países mais pobres a braços com uma busca desesperada de desenvolvimento econômico".
Em mais uma cutucada às multinacionais, ele diz que "É necessário consolidar as legislações nacionais e internacionais, para que regulamentem as atividades das empresas extrativas e garantam o acesso à justiça aos prejudicados".
O Pontífice também cobrou que os países respeitassem Acordo de Paris sobre o clima, que busca limitar o desenvolvimento do aquecimento global, e aproveitou para exprimir seu desejo de que os países adotassem metas nacionais para reduzir as emissões de poluentes. Além disso, o Papa ressaltou os problemas que a avidez desenfreada do consumo vem causando no planeta, citando a desintegração da biodiversidade, o aumento de catástrofes climáticas e o impacto da pandemia atual nos mais pobres e indefesos. "Nossos estilos de vida forçam o planeta para além dos seus limites. A procura contínua de crescimento e o ciclo incessante da produção e do consumo estão a extenuar o ambiente", disse.