O papa pediu integração e acolhimento aos migrantes que realizam travessias perigosas no Mediterrâneo
Isabelly de Lima, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 08/03/2023, às 16h44
Nesta quarta-feira, 8, o papaFrancisco recebeu dois fragmentos de madeira que pertenciam a um barco que naufragou na costa da cidade italiana de Cutro, na província de Crotone, em 26 de fevereiro. 72 corpos foram resgatados do mar até agora, incluindo 28 crianças. Cerca de 40 pessoas continuam desaparecidas.
Outras 80 pessoas foram salvas do naufrágio. Os padres da dioceses de Crotrone-Santa Severina, Francesco Gentile e Mirco Pollinzi, disseram ao jornal católico "L'Osservatore Romano":
Nós não podemos acolhê-los como estamos acostumados a fazer, como nós queríamos. Os fragmentos de madeira que hoje doamos ao Papa são uma pequena parte da embarcação que há 10 dias, a poucos metros da praia de Cutro, bateu em um cardume e lançou no mar quase 200 pessoas".
Tais peças foram entregues para o Papa no fim da audiência geral que ocorreu nesta quarta.
O líder católico trabalha acerca da temática da migração desde o início de seu pontificado, em 2013. Inclusive, uma de suas primeiras viagens foi uma ida à ilha de Lampedusa, que é a porta de entrada de muitas pessoas que tentam se arriscar em travessias pelo Mediterrâneo.
De acordo com a ANSA, via UOL, no dia do incidente, e depois também, no Vaticano, o Papa rezou pelas vítimas, pediu integração e acolhimento dos migrantes, assim como cobrou a prisão dos traficantes de pessoas que ganham dinheiro com tais viagens perigosas.
