O líder religioso classificou os idosos como “mensageiros do futuro, da ternura e da sabedoria” durante cataquese
Durante a catequese da última quarta-feira, 8, realizada tradicionalmente na Praça São Pedro, no Vaticano, o papa Francisco saiu das atualidades para pautar um tema que, de maneira crescente, se normaliza na sociedade; o pontífice argentino abordou as intervenções cirúrgicas estéticas, criticando o que chamou de mito mito da “eterna juventude”.
Comentando o ato de envelhecer com saúde no auge de seus 85 anos, o religioso apontou desprezo pela etapa da vida pela sociedade, afirmando que, cada vez mais, está sendo mascarada por procedimentos dermatológicos: “Uma coisa é o bem-estar, outra coisa é a alimentação do mito, com inúmeras cirurgias e tratamentos estéticos”, afirmou.
Ele aproveitou o palanque para reverenciar uma conhecida fala de um dos maiores nomes do cinema italiano, Anna Magnani (1908-1973), que certa vez, de acordo com a revista Veja, recusou que retocassem suas rugas, visto que “já havia levado uma vida” para desenvolvê-las.
As rugas são um símbolo da experiência, um símbolo da vida, um símbolo da maturidade, um símbolo do caminho percorrido. Não tocá-las para se tornar jovens, mas jovens no rosto: o que interessa é toda a personalidade, o que interessa é o coração, e o coração permanece com aquela juventude do vinho bom que quanto mais envelhece, melhor fica”, disse Francisco.
No fim da fala, o líder da Igreja Católica fez uma colocação sobre a importância dos mais velhos na sociedade, classificando os idosos como “mensageiros do futuro, da ternura e da sabedoria”, por compartilhar a importância de uma vida vivida, solicitando mais atenção aos mesmos.