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Notícias / Inglaterra

Homem morre após receber transplante de rim com câncer; caso é extremamente raro

Paciente morreu quase um ano após procedimento realizado em Londres

por Giovanna Gomes
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Publicado em 22/11/2022, às 08h16

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Fachada do hospital Hammersmith - Getty Images
Fachada do hospital Hammersmith - Getty Images

O indiano Parminder Singh Sidhu, que vivia em Londres, morreu, em março deste ano, após receber um transplante de rim com câncer. Em 2021, quando o procedimento foi realizado, os médicos não constataram nenhuma anormalidade no órgão a ser transplantado.

Mais tarde, porém, o paciente começou a desenvolver dores e, quando o câncer foi descoberto, a doença já havia se espalhado para a coluna de Parminder. O homem morreu aos 49 anos, em caso considerado raro pela comunidade médica.

De acordo com o jornal britânico Daily Mail, outras duas pessoas que receberam órgãos da mesma doadora que o indiano, também desenvolveram câncer.

Cirurgia e doença

Conforme informações do UOL, uma investigação concluiu recentemente que a morte do paciente ocorreu de fato em razão do transplante realizado em abril do ano passado. O procedimento ocorreu no Hospital Hammersmith, considerando um dos maiores centros de transplante renal em todo o continente europeu.

A fonte conta que, quando Parminder começou a sentir dores, foi constatada, a partir de exames, a presença de um tumor de um centímetro no órgão recebido. Entretanto, os médicos interpretaram que se tratava de um simples cisto.

Meses mais tarde, já em dezembro, os profissionais perceberam que haviam cometido um erro e que o cisto era, na verdade, uma forma agressiva de câncer que afetou o rim doado. Àquela altura, o tumor já tinha sete centímetros de comprimento.

O homem decidiu então retirar o órgão transplantando, mas acabou morrendo em março deste ano porque a doença já havia se espalhado para sua coluna.

Caso raro

"Esta morte foi causada por uma complicação conhecida, mas muito rara, de um transplante planejado", disse a médica legista Lydia Brown. Como mencionou o jornal, o  caso de Sidhu foi um entre os somente 11 já registrados no mundo.

A viúva dele, no entanto, se diz indignada com a equipe médica. "'Meu marido confiava tanto em seus médicos. Como eles não perceberam o problema?", questionou Tarjinder, de 47 anos.

É muito, muito difícil para mim e nossos filhos agora. O tempo todo penso nele", disse em entrevista ao Daily Mail.