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Notícias / Cultura

Outros dez mantos de pena tupinambás estão na Europa

Apesar do comemorado retorno de manto que estava na Dinamarca, outros dez pertencem em museus europeus sem perspectivas de volta

Gabriel Marin de Oliveira Publicado em 16/07/2024, às 18h23

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Manto Tupinambá que estava na Dinamarca - Divulgação/Museu Nacional da Dinamarca
Manto Tupinambá que estava na Dinamarca - Divulgação/Museu Nacional da Dinamarca

Após mais de três séculos guardado na Dinamarca, um manto tupinambá confeccionado com penas vermelhas de ave guará retornou ao Brasil, marcando um momento de alegria para o povo indígena do sul da Bahia. O artefato, doado pelo Museu Nacional dinamarquês, agora faz parte do acervo do Museu Nacional do Rio de Janeiro.

+ Manto Tupinambá retorna ao Brasil após séculos na Dinamarca.

Embora o retorno do manto seja motivo de comemoração, outros dez mantos tupinambás permanecem em museus europeus, segundo a pesquisadora norte-americana Amy Buono, da Universidade de Chapman, repercute a Agência Brasil.

Apenas no Museu Nacional da Dinamarca, existem outros quatro mantos além do que foi devolvido. Outros podem ser encontrados no Museu de História Natural da Universidade de Florença, Museu das Culturas em Basileia, Museu Real de Arte e História em Bruxelas, Museu du Quai Branly em Paris e na Biblioteca Ambrosiana de Milão.

O Museu Nacional do Rio de Janeiro informou que atualmente não há negociações em andamento para trazer esses artefatos de volta ao Brasil.

História

Os mantos tupinambás, conhecidos como assojaba ou guara-abucu na língua tupi, foram confeccionados entre os séculos 16 e 17. Eles eram usados em rituais religiosos nas comunidades indígenas e em assentamentos missionários durante os primeiros séculos de colonização.

A prática de usar mantos já existia entre os tupis antes da chegada dos portugueses, como descrito por Pero Vaz de Caminha em sua carta ao Rei Dom Manuel de Portugal.

Desde a primeira viagem portuguesa ao Brasil, artefatos tupis foram levados à Europa e continuaram a ser transportados ao longo dos séculos, servindo como evidências da "descoberta" do novo território e como itens valiosos para coleções europeias.

Segundo a Agência Brasil, o governo brasileiro tem intensificado esforços para repatriar artefatos indígenas. Recentemente, 585 peças que estavam no Museu de História Natural de Lille, na França, retornaram ao Brasil. Esse conjunto de objetos provém de mais de 40 povos diferentes, de acordo com a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).


*Sob supervisão;