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Notícias / Ciência

Origem do asteroide que matou os dinossauros é ‘incomum’, revela estudo

Novas evidências indicam que o asteroide que causou a extinção dos dinossauros há 66 milhões de anos pertence a uma família rara

Luiza Lopes Publicado em 16/08/2024, às 13h22

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Registro da camada limite Cretáceo-Paleogeno, na Dinamarca - Divulgação/Philippe Claeys
Registro da camada limite Cretáceo-Paleogeno, na Dinamarca - Divulgação/Philippe Claeys

Novas evidências indicam que o asteroide que causou a extinção dos dinossauros há 66 milhões de anos era incomum. Conhecido como o impactor de Chicxulub, esse corpo celeste de aproximadamente 10 quilômetros de diâmetro pertence a uma rara família de asteroides que se formou além da órbita de Júpiter.

A teoria de que o impactor era carbonáceo, rico em carbono e argila, foi reforçada por uma equipe liderada por Mario Fischer-Gödde, da Universidade de Colônia, na Alemanha. O estudo foi publicado na revista científica Science, nesta quinta-feira, 15.

Asteroides carbonáceos

A equipe utilizou rutênio, um elemento raro encontrado em asteroides e escasso na crosta terrestre, para analisar remanescentes do impacto. A assinatura do elemento encontrada no limite Cretáceo-Paleogeno (K-Pg) corresponde exatamente à de asteroides carbonáceos.

Chicxulub é um caso único de um asteroide carbonáceo impactando a Terra nos últimos 500 milhões de anos", afirmou Fischer-Gödde em comunicado. 

Esse tipo de asteroide, formado além de Júpiter, pode ter sido deslocado para sua posição atual devido a instabilidades gravitacionais no início do sistema solar.

Além disso, a pesquisa sugere que, além de exterminar espécies, asteroides carbonáceos podem ter contribuído para a origem da água e outros elementos essenciais à vida na Terra.