Oppenheimer, que será lançado nos cinemas em julho, mostra a trajetória do homem que ficou conhecido como 'pai da bomba atômica'
Em menos de um mês, os espectadores finalmente vão conferir o resultado de Oppenheimer, o filme do diretor Christopher Nolan que retrata a saga do homem que entrou para a história como 'pai da bomba atômica'. Um dos mais aguardados do ano, Nolan revelou em entrevista que o longa tem um final 'complicado' e que se parece com o desfecho do filme 'A Origem'.
Ao Wired, Nolan, quando questionado, falou sobre o final de seus projetos, que apresentam um tom pessimista. O diretor não discordou da afirmação, repercute a Rolling Stone Brasil.
"Quer dizer, o fim de A Origem, é exatamente isso. Há uma visão niilista desse final, certo? Mas também, ele se mudou e está com os filhos," disse o diretor. "A ambiguidade não é uma ambiguidade emocional. É intelectual para o público."
Em seguida, ele falou sobre a 'relação' que enxerga no final de ambos os filmes. "É engraçado, acho que há uma relação interessante entre os finais de A Origem e Oppenheimer a ser explorada. Oppenheimer tem um final complicado. Sentimentos complicados", disse ele.
Christopher Nolan também falou sobre o enredo de Oppenheimer. "A história de Oppenheimer é toda feita de perguntas impossíveis," explicou ele. "Dilemas éticos impossíveis, paradoxo. Não há respostas fáceis na história".
Para o diretor, o que torna o filme 'atraente' são as perguntas difíceis que existem na história. "Existem apenas perguntas difíceis, e é isso que torna a história tão atraente. Acho que fomos capazes de encontrar muitas coisas para sermos otimistas no filme, genuinamente, mas há esse tipo de questão maior que paira sobre ele", explicou Nolan.
O diretor também explica que em Oppenheimer 'Parecia essencial que houvesse perguntas no final que você deixasse martelando na cabeça das pessoas e gerando discussões'.