Impressionante estudo publicado no ano passado analisou informações genéticas do talentoso artista
Nascido em Amboise, no ano de 1452, Leonardo Da Vinci, foi uma das figuras de maior destaque na história da humanidade. Mas, apesar de bastante conhecido por suas obras de arte, invenções e estudos científicos, a vida particular do gênio sempre foi envolta de mistérios.
Pensando nisso, um grupo de pesquisadores liderado pelo fundador do Museu Ideal Leonardo Da Vinci, Alessandro Vezzosi, e pela presidente da Associazione Leonardo Da Vinci Heritage, Agnese Sabato, decidiu buscar preencher essas lacunas a partir da genealogia do artista. E foi por meio desse estudo que eles foram capazes de encontrar 14 descendentes vivos de Da Vinci.
A pesquisa, publicada em julho do ano passado no jornal científico Human Evolution, conseguiu recuperar informações de membros da árvore genealógica do italiano, mas somente dos indivíduos do sexo masculino.
Durante entrevista concedida à agência de notícias Ansa, Vezzosi revelou que os descendentes do artista que vivem hoje têm idades entre 1 e 85 anos e, atualmente, moram em cidades-limítrofes de Versilia. “Eles têm trabalhos normais, como empregados diversos, geômetras, artesãos”, contou.
Os estudiosos foram capazes de remontar 21 gerações a partir de 1331, mais de um século antes de Leonardo nascer. Isso significa que muitos parentes foram descobertos, tanto que, se formos considerar somente da 15ª geração em diante, são 225 pessoas.
Conforme a fonte, foram remontados cinco ramos da família, a partir das informações genealógicas do pai do artista, Piero (5ª geração), e do meio-irmão Domenico (6ª geração). Através dessas análises, os pesquisadores chegaram à conclusão de que Da Vinci teria tido, ao menos, 22 meio-irmãos.
O mais interessante, segundo os autores da pesquisa, é que, a longo das 25 gerações, o cromossomo Y, que é transmitido aos descendentes do sexo masculino, não apresentou alterações.
Segundo a fonte, o estudo publicado no ano passado aprofundou uma pesquisa anterior, feita pela mesma equipe, em 2016. A análise inicial levou em consideração apenas um ramo familiar de Da Vinci até a 19ª geração. Foram considerados descendentes vivos, porém somente dois deles tinham ligação direta com o gênio renascentista.
Falando nisso, os pesquisadores acreditam que a análise do DNA de Leonardo Da Vinci, poderá ajudá-los a descobrir os motivos por trás da genialidade dessa tão importante figura, além de seus aspectos físicos, de dieta e saúde, por exemplo. Também poderá auxiliá-los a verificar a autenticidade de obras de arte e de materiais por ele manipulados.
Confira aqui o estudo completo.