A descoberta do Egito Antigo também revelou que havia um saco de linho envolto na cabeça da criança
Arqueólogos descobriram, recentemente, ossos de uma criança de 8 colocadossobre os restos mortais de 142 cães na mesma sepultura em uma necrópole na depressão de Fayoum Oásis, no Egito.
O site Heritage Daily compartilhou a inusitada descoberta nesta quarta-feira, 18. Segundo especialistas do Centro de Pesquisa Egiptológica da Academia Russa de Ciências (CEI RAS), 87% dos resquícios encontrados eram de filhotes caninos.
“Enterros como os descobertos pelos especialistas do Centro não são típicos do Egito”, observou o CEI RAS, como informado pela revista Galileu. Segundo o centro de pesquisa, esse enterro pode ter relação com uma síntese de ideias religiosas.
“O enterro em massa de cães pode indicar uma síntese de ideias religiosas e mágicas dos egípcios e estrangeiros que viviam em Faiyum, e que originaram novas formas de prática ritual.”
No entanto, a carnificina não possui relação com nenhum tipo de sacrifício ritualístico, de acordo com os indícios. Traços de argila azul — comum, por exemplo, em reservatórios egípcios antigos — foram encontrados nos restos mortais dos cães, segundo relato da Heritage Daily. Isso pode indicar que os animais estariam perto de uma fonte de água que os inundou, fazendo com que se afogassem.
Os arqueólogos ainda puderam notar, de acordo com o site All That is Interesting, que alguém colocou um saco de linho na cabeça da criança sem vida. E segundo o site Euro Weekly News, os arqueólogos estimaram que o cemitério pertence ao período romano e data entre os séculos 1 a.C. e 1 d.C e fica localizado no oeste do rio Nilo.
O oásis é cercado por restos de várias aldeias antigas localizadas não muito longe da cidade de Crocodilopolis/Arsinoe que foi dedicada ao deus crocodilo Sobek. Depois de tê-los examinado, a zoóloga, Galina Belova concluiu que todos os cachorros morreram simultaneamente, e sem nenhuma evidência de violência.
A relação da criança com o cão, no entanto, ainda não está clara e nem mesmo a explicação para o saco de linho envolto em sua cabeça. A especulação dos arqueólogos é que ela poderia estar cuidando dos animais quando eles morreram repentinamente na tragédia.