Nova espécie tinha entre 5 e 6 metros de comprimento e viveu há 74 milhões de anos
Éric Moreira, sob supervisão de Wallacy Ferrari Publicado em 25/08/2022, às 14h46 - Atualizado às 14h47
Uma nova espécie de dinossauro foi descoberta nos Estados Unidos no último mês, chamando atenção de pesquisadores por características únicas. Os ossos do novo animal foram encontrados em rochas da Bacia de San Juan, no estado do Novo México, e as análises do fóssil foram publicadas na edição de 18 de agosto da revista local Bulletin of the New Mexico Museum of Natural History and Science.
A ossada foi encontrada, a princípio, ainda em 1975, enquanto um grupo de pesquisadores da Universidade do Arizona estudava rochas do Cretáceo Superior na região. Após encontrarem os ossos saindo do solo, escavações foram levadas ao local, de forma que posteriormente um crânio praticamente completo do dinossauro foi encontrado.
Depois da descoberta, logo os ossos do dinossauro foram transferidos para o Museu de História Natural do Novo México. No entanto, foi só depois de algumas décadas que o crânio conseguiu ser completamente limpo, de forma a finalmente possibilitar pesquisas mais aprofundadas, segundo a Revista Galileu.
Logo, foi descoberto que o crânio pertencia a um animal da espécie Bisticeratops froeseorum — que significa "cara com chifres do Bisti", em referência ao local em que foi encontrado, Bisti Badlands. O dinossauro pertence ao grupo dos ceratopsídeos, marcado por grandes animais herbívoros de quatro patas e com chifres.
Os pesquisadores também puderam apontar que a espécie viveu cerca de 7 a 8 milhões de anos antes dos triceratops, membro mais famoso do grupo, sendo também um pouco menores que seus 'primos', com algo entre 5 e 6 metros de comprimento e um peso entre 2,5 e 4 toneladas — números bem próximos aos de um elefante atual —, enquanto o outro chegava a ter até 9 metros e a pesar 12 toneladas.
O novo espécime descoberto,ainda apresentava em seu crânio algumas marcas de mordidas — que possivelmente foram feitas por um tiranossaurídeo, grupo dos maiores predadores carnívoros terrestres da época, o Bistahieversor. Segundo os cientistas envolvidos na pesquisa, o animal possibilita uma melhor compreensão do ecossistema e da diversidade dos animais ali presentes no passado.
Não apenas conseguimos entender melhor a variedade de diferentes dinossauros ceratopsídeos, mas também podemos ver instâncias de interações entre alguns dos titãs desses ecossistemas", disse Steven Jasinski, um dos autores do estudo, em comunicado.
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