Espécie descoberta em fevereiro deste ano cresce em áreas costeiras voltadas para o Oceano Pacífico
A Universidade Metropolitana de Osaka revelou, nesta quarta-feira, 1, a descoberta de uma nova espécie de lírio (Lilium pacificum), pertencente ao grupo sukashiyuri, que foi identificada pela primeira vez no Japão desde 1914. O achado foi registrado em fevereiro pela revista Taxon.
O lírio em questão foi identificado por uma equipe de pesquisadores liderada por Seita Watanabe, professor assistente do Jardim Botânico e da escola de pós-graduação em Ciências da Universidade Metropolitana de Osaka.
Watanabe questionou, de acordo com o portal Galileu, a classificação atualmente utilizada para o grupo sukashiyuri, que geralmente apresenta flores laranjas.
Até então, apenas quatro grupos taxonômicos dessas flores eram reconhecidos, mas a equipe de pesquisa procurou evidências para sustentar a existência de mais grupos. Os pesquisadores viajaram por todo o país a fim de observar os lírios, registrar fotografias, coletar espécimes e obter o DNA das plantas.
Assim, a equipe reuniu os dados necessários para realizar uma análise detalhada da forma, estrutura e material genético das plantas. Os pesquisadores promoveram então a revisão da classificação convencional para oito táxons, incluindo a denominação de Lilium pacificum — a primeira nova espécie de lírio japonesa em 110 anos.
Com base na nova compreensão desses oito grupos taxonômicos, descobrimos que sete são endêmicos do Japão, cada um adaptado ao seu ambiente, seja costeiro ou montanhoso, e evoluindo características únicas", declarou Watanabe, em comunicado, de acordo com a fonte.
O Lilium pacificum é uma espécie que cresce em áreas costeiras voltadas para o Oceano Pacífico, ao sul de Ibaraki até Shizuoka e nas Ilhas Izu. Além disso, as pontas de suas folhas são curvadas em forma de garra.
Nossa pesquisa mostra que essas plantas se diferenciaram por meio de processos complexos, e esperamos que nosso trabalho forneça pistas para estudos de especiação", comenta Watanabe.
No passado, diferenças individuais podem ter sido ignoradas por causa da aparente simplicidade das plantas. Através desta pesquisa, fui lembrado da importância da observação morfológica", finaliza.