Atividade religiosa seria tratada pela companhia como uma obrigação
No estado norte-americano da Carolina do Norte, uma empresa de reparos domésticos está sendo processada por discriminação religiosa após demitir um gerente que não queria participar de sessões diárias de oração.
O homem, que possuía o cargo de gerente, foi desligado da Aurora Pro Services em 2020. Previamente à interrupção contratual, ele teria expressado aos seus chefes o desejo de parar de comparecer aos encontros de cunho cristão organizados pelos funcionários.
As ocasiões lhe traziam grande desconforto, uma vez que era ateu. Em resposta, contudo, o estadunidense teria ouvido que "não precisava acreditar em Deus e não precisava gostar das reuniões de oração, mas tinha que participar", segundo apurado pelo portal News Observer.
Após ter sido convidado para ser o condutor de uma dessas sessões, o que recusou, ele foi formalmente demitido. A situação o levou a apresentar a procurar o órgão governamental da Comissão de Igualdade em Oportunidades de Emprego, que está atualmente movendo a ação contra a empresa.
A denúncia feita pela organização inclui a informação que as reuniões cristãs por vezes alcançavam até 45 minutos de duração, incluíam leituras da Bíblia e orações para funcionários de "desempenho ruim", que tinham seus nomes expostos, de acordo com a ABC News.
Quem faltasse nos encontros diários tinha sua atenção chamada pelos seus superiores, de forma que, segundo defende a Comissão de Igualdade em Oportunidades de Emprego, a participação na atividade religiosa era tratada como uma obrigação, ignorando as crenças pessoais de cada empregado.