Juiz considerou que o ato é direito concedido por Deus a todos os canadenses
Um juiz da província canadense de Quebec, decidiu que o ato de mostrar o dedo do meio para alguém é um direto concedido por Deus, não podendo, portanto, ser considerado crime. A decisão, ocorreu durante julgamento de um homem de Montreal que fez o gesto ofensivo para um outro cidadão e acabou sendo processado.
O caso ocorreu em 8 de maio de 2021. Naquele dia, o professor Neall Epstein, de 45 anos, foi preso pela polícia após encontrar um vizinho, Michael Naccache, com quem havia tido conflitos anteriormente.
Segundo informações do portal de notícias G1, o juiz considerou que Naccache, de 34 anos, teria xingado e ameaçado Epstein enquanto segurava uma ferramenta elétrica. Em resposta à atitude de seu vizinho, o homem então mostrou seus dois dedos do meio e continuou a caminhar.
Ainda de acordo com a fonte, embora Naccache tenha alegado que Epstein fez um gesto de cortar a garganta e temesse que Epstein voltasse para tentar matá-lo, o juiz não aceitou a versão. Assim, Epstein foi absolvido das acusações de assédio criminal e ameaça.
"Para ser bem claro, não é crime mostrar o dedo a alguém", escreveu o juiz Dennis Galiatsatos em sua decisão de 24 de fevereiro.
É um direito dado por Deus e consagrado na Constituição que pertence a todo canadense de sangue quente. Pode não ser civil, pode não ser educado, pode não ser cavalheiresco. No entanto, não gera responsabilidade criminal", apontou.