Dados divulgados na última segunda-feira, 25, revelaram uma situação preocupante envolvendo o nível de gelo do Polo Sul
Cientistas do Centro Nacional de Dados de Neve e Gelo dos Estados Unidos (NSIDC) divulgaram na última segunda-feira, 25, que o gelo marinho que circunda a Antártica alcançou os níveis mais baixos já registrados. A divulgação tem intensificado as preocupações dos cientistas sobre os impactos das mudanças climáticas no Polo Sul.
De acordo com a Reuters, o derretimento do gelo afeta diretamente animais como os pinguins, que dependem das vastas extensões de água congelada para reprodução e criação de seus filhotes. Além disso, o fenômeno acelera o aquecimento global, uma vez que reduz a quantidade de luz solar refletida de volta para o espaço.
No dia 10 de setembro, a cobertura de gelo marinho na Antártica atingiu seu ponto máximo, abrangendo apenas 16,96 milhões de quilômetros quadrados. Essa marca representa a menor extensão registrada para o inverno desde o início das observações por satélite em 1979, aproximadamente 1 milhão de quilômetros quadrados a menos do que o recorde anterior estabelecido em 1986.
Walt Meier, cientista sênior do NSIDC, afirmou que este não é apenas um ano de recorde, mas sim um ano de quebra extrema de recorde.
Segundo a fonte, embora as mudanças climáticas estejam contribuindo para o derretimento dos glaciares da Antártida, ainda existe incerteza em relação ao impacto das temperaturas mais elevadas sobre o gelo marinho nas proximidades do Polo Sul.
A mensagem-chave aqui é a de que precisamos proteger essas partes congeladas do mundo que são muito importantes por uma série de fatores", disse um dos co-autores do estudo, Ariaan Purich, da Universidade Monash, na Austrália.