A pirâmide financeira rendeu prejuízo de 64 bilhões de dólares a vítimas do mundo todo
Muitas séries que envolvem esquemas financeiros chamam a atenção dos assinantes de streaming, devido aos seus finais chocantes que se assimilam à realidade. Muitas delas são baseadas em fatos, e é o que acontece na mais nova produção que chegou ao catálogo da Netflix nessa semana: ‘Bernie Madoff: O Golpista de Wall Street’, que retrata o maior esquema de pirâmide financeira da história.
Nos Estados Unidos, o investidorBernie Madoff havia um grande prestígio, no entanto, causou um prejuízo a vítimas do mundo todo de cerca de US$ 64 bilhões (R$ 343 bilhões). O homem fundou a firma de investimentos Bernard L. Madoff Investment Securities, e chegou a ser presidente de uma das maiores bolsas de valores do país, a Nasdaq.
Durante os anos em que operou, a empresa de Bernie passou por oito investigações por obter ganhos considerados excepcionais. O golpe aplicado pelo investidor entrou em colapso depois de 50 anos de atuação em Wall Street, devido à crise financeira de 2008.
Conhecido como “Ponzi”, o esquema consistia na atração de investidores para o fundo de Madoff, prometendo grandes retornos, mas o dinheiro que ele dizia aplicar na Bolsa de Valores era, na verdade, utilizado para financiar os “lucros” dos investidores iniciais, segundo o EInvestidor, do Estadão.
O esquema ruiu após os clientes pedirem para retirar o dinheiro do fundo. Assim, Madoff não tinha a quantia necessária para bancar a operação. Ele foi considerado a 150 anos de prisão, culpado por 11 crimes, já no ano seguinte, incluindo fraude e lavagem de dinheiro.
O empresário admitiu a culpa, mas segundo a série, ele só fez isso para não ser morto por mafiosos de Nova York, que haviam sido seus clientes e ameaçaram mata-lo.
Aos 82 anos, Madoff morreu na prisão em 2021. Com 4 episódios, a série possui a direção do cineasta Joe Berlinger, vencedor do Emmy. A produção traz entrevistas com diferentes participantes da história, entre vítimas, ex-funcionários, agentes do governo e investigadores.