Carregando bandeira com suástica e faca de combate, Cavan Medlock invadiu escritório para matar advogado: "Hitler não terminou o trabalho com você"
Em Londres, Cavan Medlock, de 31 anos, está sendo julgado pelo Tribunal da Coroa de Kingston por invadir um escritório de advogado de imigração com uma faca e algemas. Alegando que "Hitler estava certo", aponta o Daily Mail, o sujeito planejava matá-lo.
Assim, Medlock enfrenta acusações de preparação de atos terroristas e ameaças de morte ao advogado Toufique Hossain. O caso aconteceu pouco antes das 17 horas (horário local) do dia 7 de setembro de 2020.
Na ocasião, Cavan invadiu o escritório do advogado Duncan Lewis usando luvas pretas e carregando uma mochila contendo uma faca de combate preta com lâmina de quinze centímetros, um par de algemas e rolos de fita adesiva para embalagem.
Cavan Medlock também carregava duas grandes bandeiras: uma com a suástica nazista e outra dos antigos estados confederados dos Estados Unidos, segundo relata o The Guardian.
+ Kanye West sugeriu que gerente judeu da Adidas beijasse foto de Hitler diariamente
Descrito por veículos como BBC e Daily Mail como "neonazista", Medlock, na ocasião, se enfureceu ao pedir para ver Hossain e ouvir que isso não seria possível sem uma hora marcada. Foi então que ele enfiou a mão na mochila e tirou a faca, partindo para cima da recepcionista Ravindran Thamalangam.
Tharmalangam conseguiu agarrá-lo e desarmá-lo, chutando a faca para longe. Segundo o promotor Timothy Cray KC, aponta o The Guardian; outros funcionários do local conseguiram imobilizá-lo.
Quando Hossain chegou à recepção para ver o que estava acontecendo, Medlock disse que planejava matá-lo porque a empresa tinha ajudado imigrantes a chegar ao Reino Unido, alegou ao tribunal.
Hossain disse ter ouvido Medlock dizer aos funcionários do escritório de advocacia: "vocês têm ajudado esses ratos a virem para este país" e "várias coisas antissemitas como: 'Hitler estava certo, mas ele não terminou o trabalho com você'", repercute o Daily Mail.
Na sua entrevista policial, Cavan Medlock disse que pegou nas bandeiras porque queria exibi-las como um "grito de guerra" enquanto cometia atos violentos contra Hossain. Ele também disse que queria inspirar outros nacionalistas a reagir contra os apoiadores do Black Lives Matter e "pessoas que estão derrubando nossas estátuas".
Em relação à bandeira nazista, Medlock alegou: "É apenas um apelo a outros nacionalistas que têm essa disposição… Eu diria que era um nacional-socialista, sim, e acredito que Hitler deveria ter vencido", aponta o The Guardian.
Ao tribunal, porém, ele negou todas as acusações de ameaça de morte contra Hossain e de preparação de atos terroristas. O julgamento continua.