A cidade italiana que antes era pouco desbravada pelo arqueólogos, começou a ser desvendada quando o antigo prefeito da Sicília incentivou os pesquisadores
Em Tusa, na costa norte da Sicília, está sendo desvendado os mistérios da cidade de Halaesa. A missão arqueológica comandada por Michela Costazi, da Universidade de Amiens, e Fréderic Gerber, já conseguiu desvendar um belíssimo teatro antigo, enterrado sob camadas e mais camadas de terra.
Michela Constanzi afirma que as informações sobre a cidade perdida são extremamente escassas, o sitio arqueológico só começou a ser explorado, quando o ex-prefeito de Tusa, Angelo Tudisca, em 2019, começou a expandir o programa de escavações em Halaesa.
A Missão Arqueológica Francesa de Halaesa nasceu em 2016, quando Angelo Tudisca estabeleceu um programa de escavações na região e incentivou arqueólogos de outros lugares a irem desvendar os mistérios da cidade perdida.
“A missão também é um projeto escolar. Treinamos estudantes de arqueologia de universidades francesas, em escavações, lavagem de móveis e em várias oficinas: cerâmica, sistema de informações geográficas, fotogrametria, até o relatório do estágio” disse Michela.
As escavações são divididas em três partes: a equipe da Universidade de Palermo, que investiga as muralhas em torno da cidade, as equipes das Universidades de Messina e Oxford que vasculham a área conhecida como “Santuário de Apolo” e, a equipe do INRAP cuida do teatro principal da cidade, que até agora, foi a maior descoberta do lugar.
Um dos maiores desafios da escavação do teatro é poder estabelecer quando ele foi construído e entender o que fez ele colapsar. “Como Halaesa está localizado em uma zona de terremoto, é possível que o teatro tenha sido danificado por um terremoto, como o conhecido pelo século 4 de nossa era. Em geral, as recuperações parecem ter desempenhado um papel muito importante no site em momentos diferentes. Os arquivos da vila, datados do século 16, referem-se a uma autorização para entrar e procurar pedras na área” afirma a arqueóloga.
As escavações já duram quatro anos, os pesquisadores descobriram muitas evidências e possuem o total apoio da população e do prefeito da Sicília para continuar os trabalhos. Os trabalhos tiveram que ser interrompidos por um tempo por conta da pandemia, mas, Michela e sua equipe planejam voltar ao lugar em julho desse ano e seguir analisando o grande teatro de Haleasa.