O naufrágio, que ocorreu nos Estados Unidos, matou 26 pessoas e aconteceu durante uma feroz tempestade que virou a embarcação
Uma descoberta arqueológica fascinante emergiu na Baía de Biscayne, na Flórida, com pesquisadores encontrando uma âncora pertencente ao navio naufragado St. Lucie, que afundou em 1906 durante um furacão. Anunciada pelo Parque Nacional de Biscayne em 17 de novembro, a localização da âncora, realizada em julho pelo arqueólogo marítimo Joshua Marano, proporciona uma ligação entre o trágico evento marítimo e a história da região.
Marano, dos Parques Nacionais do Sul da Flórida, descreveu a descoberta como uma oportunidade de destacar a conexão entre a tragédia no Parque Nacional de Biscayne e os acontecimentos históricos mais amplos em Miami e arredores. O arqueólogo identificou a âncora durante uma exploração com estagiários, notando o comportamento peculiar de uma tartaruga em uma área da Baía de Biscayne nunca antes investigada.
Investigando mais a fundo, Marano encontrou a tartaruga junto a uma âncora de ferro com 2 metros de comprimento, próximo ao local do naufrágio do St. Lucie. O navio, que afundou a quase 4 metros de profundidade, resultou na perda de 26 vidas, transportando trabalhadores, engenheiros e famílias da Ferrovia da Costa Leste da Flórida.
O St. Lucie, um navio de 37 metros com 14 camarotes, enfrentou as fúrias de um furacão em 18 de outubro de 1906, tentando resistir ao violento temporal ao lançar âncoras nas proximidades de Elliott Key. Apesar dos esforços do Capitão Steve Bravo, o naufrágio forçou sobreviventes a nadar até uma ilha próxima, resultando em mais de uma dúzia de mortes.
Construída em Delaware, no ano de 1888, a embarcação teria sido um dos oito barcos rasos comprados pela Ferrovia da Costa Leste para transportar trabalhadores e suprimentos durante o final do século 19.
Atualmente, não há planos imediatos para recuperar a âncora devido às suas dimensões e aos custos associados à conservação. Entretanto, o parque está comprometido em criar uma representação digital do artefato, incluindo uma reconstrução 3D, que será disponibilizada online no futuro.