Robert Lloyd Schellenberg foi preso, no ano de 2014, acusado de ter entrado no país com 220 kg de metanfetamina
Um tribunal chinês decretou, nesta terça-feira, 10, a pena de morte para um cidadão canadense em razão de tráfico de drogas. De acordo informações do G1, Robert Lloyd Schellenberg foi acusado de levar mais de 220 quilos de metanfetamina para o país asiático no ano de 2014.
Em comunicado, o tribunal "considerou que os fatos constatados em primeira instância eram claros e as provas, confiáveis e suficientes" e, por isso, a morte seria "apropriada". Contudo, o embaixador do Canadá na China, Dominic Barton, afirmou ser totalmente contrário à execução.
"Condenamos o veredicto nos termos mais fortes e apelamos à clemência da China", declarou Barton. "Transmitimos em várias ocasiões à China a nossa firme oposição a esta pena cruel e desumana e continuaremos fazendo isto", finalizou.
O homem já havia sido condenado no Canadá, mas afirma ser inocente na China e diz ter viajado apenas como turista.
De início, Schellenberg havia sido condenado a 15 anos de prisão em primeira instância. No entanto, após a executiva da Huawei, Meng Wanzhou, ter sido detida no Canadá a pedido dos EUA, no ano de 2018, a Justiça chinesa anunciou a abertura de um novo processo, por considerar a decisão "muito indulgente". Assim, a pena de morte passou a ser considerada.
Wanzhou foi solta após 11 dias na prisão, depois de pagar uma fiança de 10 milhões de dólares. No entanto, ela ainda deverá comparecer a uma série de audiências que definirão se será extraditada aos Estados Unidos.