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Notícias / Nazismo

Museu de Auschwitz repudia "fotos fúteis" tiradas por visitantes

Instituição pede que visitantes tenham mais respeito, e divulga imagens com exemplos do que não fazer no antigo campo de concentração

Redação Publicado em 22/03/2019, às 16h00

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Reprodução
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O Memorial de Aushwitz, antigo campo de extermínio nazista construído pelo Terceiro Reich na Polônia, lançou no Twitter uma nota repudiando o que chamou de "fotos fúteis" tiradas pelos visitantes. 

Aushwitz, complexo formado por três campos de concentração principais e 39 subcampos na região da Alta Silésia, na Polônia, foi utilizado durante a Segunda Guerra Mundial pelo III Reich para condenar à morte 1,1 milhão de pessoas, entre ciganos, homossexuais, judeus, comunistas e presos políticos. Local para relembrar a memória desse terrível acontecimento histórico, o Museu de Aushwitz reúne anualmente milhares de turistas.

A organização do Museu afirma que a "gota d'água" foram as fotos tiradas pelos turistas  - e postadas nas redes sociais - que mostram pessoas andando sobre os trilhos da linha férrea que levava os condenados aos campos de extermínio. "Há melhores lugares para aprender como andar sobre um trilho do que em um lugar que simboliza o assassinato de centenas de milhares de pessoas", afirmaram os responsáveis do Museu pelo Twitter. "Quando alguém visita Auschwitz é preciso lembrar que está em um lugar no qual um milhão de pessoas foram assassinadas".

"A cada ano centenas de milhares de pessoas de todo o mundo nos visitam e infelizmente vemos como uma parte delas aproveitam o percurso pelo antigo campo de concentração para tirar fotos fúteis, sem levar em conta que estão em um local onde aconteceu uma tragédia humana", explicaram à Agência Efe os responsáveis pelo museu de Auschwitz.

Inaugurado em 1942, um dos três campos principais do complexo de Aushwitz, o campo de extermínio foi projetado para manter até 10 mil presos de uma vez só - as câmaras de gás matavam oito mil pessoas por dia.

Entre 1942 e 1944, mais 39 subcampos de trabalho forçado foram construídos na região, e as linhas férreas transitavam pelo território. Elas levavam pessoas de diversos locais da Europa, que durante a viagem ficavam vários dias sem água e sem comida, em vagões sem banheiros e com janelas lacradas, que quase impediam a entrada da luz. Quando o trem adentrava os campos, era feita uma seleção: idosos e doentes eram levados direto à câmara de gás, pois não serviriam para os trabalhos forçados.

"Auschwitz é um local que é visitado para lembrar um episódio trágico da História, para refletir e para aprender o que devemos evitar para que algo assim se repita, não é um lugar para brincar", disseram os responsáveis pelo museu.

Atualmente, o Museu e Memorial de Aushwitz é um patrimônio mundial da Unesco, dedicado à memória das vítimas que morreram nos campos de concentração e à realização de pesquisas sobre o Holocausto.