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Notícias / Inteligência Artificial

Mulher que sofreu AVC volta a falar através de uso de Inteligência Artificial

Aos 30 anos de idade, Ann Johnson sofreu um AVC e perdeu a capacidade de falar; aos 47, porém, recebeu uma nova oportunidade de se comunicar

por Giovanna Gomes
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Publicado em 28/08/2023, às 11h14

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A canadense Ann Johnson - Divulgação/vídeo/Fantástico/Tv Globo
A canadense Ann Johnson - Divulgação/vídeo/Fantástico/Tv Globo

Através do uso da Inteligência Artificial, uma mulher canadense alcançou a capacidade de "comunicar-se" novamente após um AVC (Acidente Vascular Cerebral) que a havia deixado completamente paralisada aos 30 anos de idade. A reconstrução de sua voz foi realizada a partir de um vídeo antigo, registrado durante seu casamento.

Ann Johnson, que tem hoje 47 anos, se comunicava somente por meio do movimento dos olhos. Como destaca o portal de notícias UOL, ela, que exercia a profissão de professora de vôlei quando sofreu o derrame, foi diagnosticada com a síndrome do encarceramento, uma condição que paralisa os músculos do corpo. A reportagem que conta essa história foi transmitida no domingo,27, pelo programa Fantástico, da TV Globo.

Voluntária

No ano de 2021, Ann deparou-se com uma notícia que dizia que um grupo de pesquisadores seria capaz de traduzir os sinais cerebrais de pacientes com paralisia em palavras. Motivada por essa informação, ela se voluntariou em um programa liderado por um grupo de médicos e pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos.

Submetida a uma cirurgia que envolveu a abertura de seu crânio, Ann recebeu um implante retangular contendo 253 eletrodos posicionados na área do cérebro responsável pelo controle da fala.

O dispositivo, conforme explicaram especialistas, é capaz de capturar os sinais provenientes das regiões cerebrais relacionadas à linguagem. Esses sinais são então transmitidos para um computador, que, por meio da inteligência artificial, os converte em frases compreensíveis.

Assim, quando Ann "fala", cada um dos eletrodos intercepta os sinais cerebrais enviados às regiões dos músculos dos lábios, língua, mandíbula e laringe. Esses dados são transferidos para um computador por meio de um cabo conectado à cabeça de Ann, onde um sistema de inteligência artificial realiza a tradução dos sinais.