As descobertas raras retratam vários exemplos da vida marinha selvagem, incluindo polvos, peixes, enguias, além de outros animais e plantas; confira!
Em outubro, arqueólogos da Turquia foram chamados para uma área conhecida como Kela Hanma (Castelo da Senhora), localizado na província de Mardin, sudeste da Turquia, para resgatar o local de escavações ilegais que poderiam danificar algumas preciosidades históricas. Apesar de terem encontrado alguns danos, ainda assim realizaram uma descoberta impressionante: mosaicos romanos.
Ocupando uma área de pouco mais de 90 metros quadrados, os mosaicos possuem padrões geométricos que incluem triângulos, hexágonos, octógonos e arcos. Porém, o que mais chama atenção é o que eles retratam: uma grande variedade de espécimes compositoras da vida selvagem marinha, incluindo polvos, peixes, mexilhões, focas, enguias, aves e plantas aquáticas.
Estes mosaicos, adornados com figuras de animais e criaturas marinhas raras, como polvos e várias espécies de peixes, são característicos desta região", explica Abdulghani Tarkan, diretor do Museu Mardin, à Agência Anadolu. "Nossa prioridade é preservar essas relíquias históricas para evitar uma maior deterioração."
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Segundo o site All That's Interesting, os mosaicos compõem a maior tapeçaria histórica da região, e agora os arqueólogos planejam protegê-los de novos possíveis danos. Eventualmente, planeja-se que eles possam ser cuidadosamente removidos e transportados até o Museu Mardin, onde poderão ser apreciados e mais bem cuidados.
Kela Hanma, local onde os mosaicos mencionados foram encontrados recentemente, serviu como um assentamento romano entre os séculos 5 e 7 d.C., sendo também o palco de outras descobertas importantes.
Os mosaicos foram descobertos onde existia uma 'villa rustica' — um povoado cercado por muros situado no campo, onde viviam proprietários de terra e seus funcionários, para o lazer e descanso dos donos — que contava com uma série de edifícios, incluindo alojamentos de empregados e uma necrópole, além de uma casa principal e uma área de fazenda, segundo o Heritage Daily.
Há mais de um milênio, o local teria sido habitado pelo proprietário e sua família, além de vários empregados. Porém, "a área não se limita apenas à vila rural. Existem diferentes vestígios arquitetônicos na encosta sul e uma área de necrópole", afirma Tarkan.
Por isso, os arqueólogos reafirmam a importância de se proteger o local, além do fato de possuir relação histórica importante com a cidade de Mardin, localizada a apenas 32 quilômetros dali. Segundo a CNN, a região foi habitada por árabes nabateus de 150 a.C. a 250 d.C., e posteriormente ocupada por assírios, romanos e bizantinos.
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Vale mencionar ainda que Mardin foi palco de várias descobertas importantes relativas aos romanos nos últimos anos, como uma elaborada oficina de oliveiras do século 6, e uma antiga cidadela romana em ruínas.